[ARQUITETURA, URBANISMO E MEIO AMBIENTE]

disciplina do curso de arquitetura e urbanismo da FAUeD - Universidade Federal de Uberlândia

segunda-feira, 5 de abril de 2010

LEITURA DE TEXTOS

Caros alunos, postem seus comentários sobre as questões propostas em sala de aula - Textos de Ana Fani e David Harvey. (5 pontos)
Postagens até as 20:00 do dia 06/04/2010

67 comentários:

  1. 1. O capitalismo se caracteriza pela propriedade privada e pela acumulação de capital. Em busca do lucro, os detentores dos meios de produção tentam sempre acelerar o ciclo de produção e venda, tentam acumular mais em menos tempo. Este é o modo de vida capitalista. O espaço utilizado pela sociedade como palco desse fenômeno é constantemente adaptado, reconstruído e ampliado para comportar o complexo ciclo do capital, que começou junto com o surgimento das primeiras cidades.
    O meio de produção, a indústria, precisava antigamente, de se localizar perto do local onde é conseguida a matéria-prima, perto da mão-de-obra, do centro comercial, e do consumidor (isso se chama coerência estruturada). Hoje, as multinacionais têm seu centro administrativo em um país, sua fabrica em outro, sua mão-de-obra espalhada em vários locais distantes (cada parte do produto é fabricada em um lugar diferente do globo) e o mercado consumidor é o mundo inteiro. Essa façanha é conseguida através da interferência no espaço (construção de estradas, ferrovias, portos, aeroportos e adaptações dentro da cidade, mudando o modo de vida das pessoas) e através do avanço tecnológico de telecomunicações (isso é a anulação do espaço pelo tempo).
    Além disso, o capitalismo produz uma diferenciação de classes sociais, que vai habitar e produzir o meio urbano de acordo com seu poder econômico e de acordo com suas necessidades. Isso resulta em uma paisagem tão heterogênea quanto seus criadores.

    2. Quando o Homem deixa de ser nômade e passa a se fixar na terra e a praticar a agricultura, ele está dando o primeiro passo para a formação das cidades. Ao avançar suas técnicas, ele consegue um excedente agrícola. Quando surge o excedente, não é mais preciso se dedicar exclusivamente à agricultura. A divisão e organização do trabalho são primordiais para o surgimento das cidades, que surgem primeiro nos locais em que a agricultura era mais avançada.
    O morador da cidade a ocupa/modifica/produz de acordo com as necessidades que surgem ao longo do processo histórico. Assim, ela assume funções (pode ser industrial; cultural religiosa, universitária, cidade museu; comercial; administrativa ou política), que podem mudar com o tempo.
    Algumas considerações:
    ♦ “O ser humano necessita, para viver, ocupar um determinado lugar no espaço.”
    ♦ A diferenciação dos usos do solo urbano será a manifestação espacial da divisão técnica e social do trabalho.
    ♦ A natureza da cidade não é definitiva, pois ela muda, tem história.
    ♦ O espaço geográfico é produto do trabalho humano, logo social.
    ♦ A cidade é um fazer-se ininterrupto.

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  2. 3. Renda diferencial é a vantagem que um produto ou “produtor” tem sobre o outro. No caso da renda diferencial urbana, é a vantagem que um terreno tem sobre o outro. Essa vantagem é expressa no seu valor. Ela pode ser de três tipos:
    ♦ Natural: o terreno tem uma vantagem natural sobre os outros. Pode ser um relevo mais propício à construção, uma terra mais fértil (válido apenas para o meio rural) ou até mesmo a presença de um lençol freático (água disponível, geralmente mineral e limpa para uso próprio ou comércio), pode ser a legislação (que permite ou não uma ação no local, em relação à construção, em relação à impostos, direitos do trabalhador, etc.), ou pode ser a disponibilidade de mão-de-obra para construir, ou para trabalhar na provável indústria ou comércio.
    ♦ Decorrente de investimentos: terreno com infra-estrutura (saneamento básico, disponibilidade de energia elétrica, iluminação pública nas ruas, pavimentação, etc.) e acessibilidade (existência de uma via que ligue o terreno ao centro, transporte público, vias de transporte interurbano), ou a existência de um bem material no terreno (uma casa construída, um muro, uma igreja com paredes folheadas a ouro, etc.).
    ♦ Decorrente de investimentos combinados com o marketing: um bom exemplo disso são os condomínios fechados, que apesar de estarem longe do centro, investem na infra-estrutura e na acessibilidade, e investem no lazer e na aparência física do local, e usam o ultimo para fazer propaganda e atrair o consumidor com o desejo de residir em um lugar como aquele.
    Portanto, os agentes da renda diferencial urbana são:
    ♦ Infra-estrutura
    ♦ Condições naturais do terreno
    ♦ Condições de mão-de-obra
    ♦ Acessibilidade
    ♦ Legislação
    ♦ Vizinhança
    ♦ Localização

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  4. 1*A vida cotidiana numa sociedade capitalista é baseada sobre a produção de mercadorias seguindo o sistema de capital , capital que representa toda riqueza usada à fins lucrativas cuja o benefício é destinado a produzir ainda mais para ganhar mais.Este sistema implica então uma relação espaço tempo que necessita construir com uma configuração espacial fixa , imóvel com outros fatores adequados implicados como sistemas de transportes de comunicação e assim por diante. Interve ai o parcelamento que permite a divisão dos espaços , o espaço se torna regulado pelo capital e os mais ricos têm os melhores espaços e continuam a se enriquecer.

    2*Seguindo a história do mundo as interpretações chegam a dizer que as cidades se desenvolvem relacionadas á natureza.A cidade representou a natureza no tempo da Grécia antiga , no tempo dos romanos dominou a natureza , se limitou á natureza na idade média , depois mudou muito com a nascença das paisagens urbanas , a cidade tem a partir deste momento uma nova imagem que muda pouco a pouco até hoje.Mas também a cidade com o desenvolvimento intelectual crescendo do homem com as ciências.


    3*Nas cidades urbanas tem grandes empresas que produzem as mercadorias , e entre essas empresas tem a concorrência.Esta concorrência determina os preços dos produtos em função do custo de produção destes produtos em função de fatores naturais vantajosos.O preço das mercadorias é fixado pela empresa tendo o preço de produção mais alto sendo dado que ela vai querer um lucro , a empresa concorrente tendo um custo de produção mais baixo vai deixar elas duas ter este lucro , ganhando o lucro da sua produção sobre a outra. É esta diferença de lucro final que é chamada renda differencial,

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  5. 1)A produção do espaço na sociedade capitalista se dá com representações dinâmicas das desvalorizações do capital e das contradições capitalistas por meio de transformações histórico-geográficas.
    Mudanças e reestruturações geográfica são feitas,de modo a evitar crises,sustentar a acumulação de capital e modificar a luta de classes,.No século XX,por exemplo,a sobrevivência do capitalismo se deu graças à transformações espaciais e pela criação de estruturas geográficas específicas,como centro e periferia,Primeiro e Terceiro Mundos.Outras mudanças que,ao longo do tempo,permitiram a absorção de excedentes de capital e força de trabalho (e consequentemente evitaram crises) foram as ferrovias,os navios à vapor,as indústrias automobilística e aeroespacial e as telecomunicações.As empresas multinacionais também são um meio capitalista de deslocar capital e dominar o espaço através de transformações geográficas.
    As relações espaciais estão sujeitas à transformações contínuas,em busca de reduções de custo e melhorias no continuidade do fluxo de capital.Os capitalistas buscam meios de substituições para se livrar de certos limites geográficos,portanto moldam a geografia da produção em configurações espaciais distintas.Por exemplo,uma fábrica é um ponto de reunião do capital com a força de trabalho;já a urbanização industrial é uma resposta capitalista à necessidade de minimizar custo e tempo de movimento entre os setores da circulação de capital.Como resultado de tal processo surge uma coerência estruturada em relação à produção e ao consumo em determinado espaço.O território onde prevalece essa coerência se define como um espaço onde o capital circula sem limites de lucro e com o tempo de rotação socialmente necessário sendo excedido pelo custo e tempo do movimento.Porém alguns processos destroem esta coerência,como as revoluções tecnológicas (que acabam com limites espaciais),entre outros,que anulam o espaço pelo tempo.
    O espaço capitalista é produzido para dar infra-estrutura espacial fixa e segura para a mobilidade efetiva do capital,como organizados sistemas de telecomunicações e seguros do sistema de crédito pelas instituições financeiras,publicas e jurídicas.E para mover as mercadorias é necessário um bom sistema de transportes,amparado por um conjunto de infra-estruturas e serviços físicos e sociais.
    O capitalismo se esforça continuamente para criar um espaço social e físico da sua própria imagem e requisito para suas necessidades,para depois destruir ou subutilizar este espaço no futuro e criar novos espaços.

    2)A cidade é um produto social.Ela surge devido a uma ou mais funções urbanas,ou seja,devido à necessidade de organizar um determinado espaço,integrá-lo e aumentar a sua independência visando um fim.E se desenvolve a partir de necessidades de realização de determinadas ações,como suprir necessidades humanas e da produção dos meios de vida.As diferentes formas de desenvolvimento das cidades é fruto da divisão técnica e social do trabalho em determinado momento histórico e do desenvolvimento faz forças produtivas da sociedade.A cidade,então,existe a partir de uma sociedade de classes.Por isso a cidade só existe devido à seis elementos: divisão do trabalho;divisão da sociedade em classes;acumulação tecnológica;produção de excedentes agrícolas;um sistema de comunicação;e uma certa concentração espacial de atividades não agrícolas.
    Com isso a cidade se desenvolve,dando valor ao solo urbano,gerando uma segregação espacial fruto da diferenciação de classes e reproduzindo-se como produto e condição geral do processo produtivo.

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  6. 3)A renda diferencial é o fator que determina um maior lucro a certo produto ou produtor em relação aos demais.No solo urbano a renda diferencial se aplica aos terrenos,podendo ser a sua localização (determinada pela inversão de capital no local);sua infra-estrutura de ocupação;as condições naturais deste terreno;as condições de mão de obra para aquele terreno;a acessibilidade;a vizinhança;a legislação do local;entre outras.
    E estas,e outras, rendas diferenciais podem ser determinadas por condicionantes naturais,como as leis de mercado;por investimentos no local que garantem maior retorno ou até mesmo pelo fetiche em relação à tal lugar,por exemplo,um apartamento na 5ª Avenida em NY.

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  7. 1) Toda sociedade precisa de um território para viver; com a divisão social do trabalho esse território é estruturado como um espaço. Atividades, isto é, processos de produção e reprodução, requerem espaços (localizações), e entre essas localizações se estabelece uma interconexão de acordo com a interação entre as atividades. A exemplo, as empresas multinacionais, que são capazes de deslocar capital e tecnologia rapidamente para diversos lugares, onde obtém-se muito do seu poder, devido a sua capacidade de dominar o espaço e usar os diferenciais geográficos de uma maneira que a empresa familiar não é capaz. A partir dessa adequação da economia ao espaço, afirma-se que o capitalismo tem escapado de suas crises de sobre acumulação através da própria produção do espaço. Vale ressaltar que essa produção do espaço nunca será homogênea pois distintas classes econômicas as produzem, dessa forma o mundo é produto do homem, da sociedade e portanto o espaço produzido em cada momento será concretamente diferenciado.

    2)A cidade tem a dimensão do humano refletindo e reproduzindo- se através do movimento da vida, de um modo de vida, de um tempo especifico, que tem na base o processo de constituição do humano.O desenvolvimento da cidade é analisado de uma perspectiva histórica: a cidade é em cada época, o produto de uma organização das relações econômicas e sociais que não se limita a exercer sua influência sobre as únicas aglomerações urbanas.As cidades fazem parte de um conjunto e as formas das relações entre elas e dos diversos setores do conjunto seriam particulares a cada tipo de estrutura econômica e social.A cidade vai se transformando à medida que a sociedade como um todo se modifica. Dessa forma a cidade adquiri funções distintas como, cidades turísticas, industriais, universitárias, culturais, religiosas, políticas...).
    Portanto, as cidades se transformam com o passar do tempo de acordo com as necessidades do humano inserido no contexto geopolítico de cada época.

    3) A renda diferencial assume seu significado em um espaço relativo que é estruturado por diferenciais em capacidade produtiva, em localizações diferentes e que é integrado, espacialmente, através das relações de custo de transporte. A cidade é o palco de uma valorização intensiva do espaço. No espaço urbano existe uma grande quantidade de trabalho aplicado em local restrito, ou seja, a densidade de socialização do espaço transformou totalmente a primeira natureza. A diversidade de utilizações em localizações diferenciadas faz com que o espaço absoluto seja suplantado pelos atributos relativos do espaço, ponto de partida aos diversos tipos de renda. A localização de determinada parcela do solo permite uma série de vantagens, baixar custos e explorar em ocasião adequada para a obtenção de maiores excedentes. Dessa forma existem 3 tipos distintos de rendas diferenciais.
    A Renda Diferencial I é determinada pelas características naturais do solo que são exploradas pelo capitalista. Os elementos em destaque são a fertilidade e a localização, pois permitem menores gastos para produzir por m2 a mesma quantidade de produtos que no pior terreno.
    A Renda Diferencial II é determinada pela quantidade de capital investido no solo através de equipamentos de irrigação e drenagem, acarretando um maior volume de produção por m2.
    Renda diferencial III- determinada pelo fetiche (consumo do lugar), atrelados com o marketing investem sempre em infra-estrutura, lazer, acessibilidade, beleza física e usam exageradamente a propaganda para atrair o consumidor.

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  8. 1- Como se da a producao do espaco na Sociedade Capitalista? (Harvey)

    Ao se analizar a obra de David Harvey, pode-se considerar que, para que o homem possa reproduzir sua vida cotidiana ele depende da producao de mercadorias mediante o sistema de circulacao de capital (que busca o LUCRO como objetivo). Porem, para a sustentacao dessa circulacao de capital, e preciso a criacao de infra-estruturas sociais e fisicas fixas (como os sistema legal, financeiro, sistemas ambientais nao-naturais, urbanos e de transporte). Portanto, a producao do espaco na sociedade capitalista se da de maneira a favorecer a circulacao do capital e a obtencao do lucro, por meio de investimentos cada vez maiores em inovacoes no transporte e nas comunicacoes, de modo a reduzir barreiras espaciais e anular o espaco pelo tempo.
    No seculo XX, a transformacao das relacoes espaciais e a ascencao de estruturas geograficas especificas ( como centro e periferia), foi fundamental para a sobrevivencia do cappitalismo. Transformacoes no espaco como a insercao de ferrovias e navios a vapor, industrias automobilisticass e aeroespacial, e as telecomunicacoes, foram essenciais para a absorcao dos excedetes de capital e a empresa multinacional foi capaz de deslocar capital e tecnologia rapidamente para diversos lugares.
    Como reflexo de ''minimizar o custo e o tempo de movimento sob condicoes da conexao interindustrias, da divisao social do trabalho e da necessidade de acesso tanto a oferta de mao-de-obra como aos mercados consumidores finais'', a construcao do espaco (urbanizacao) vai tomando uma configuracao industrial, ja que a fabrica nesse momento e a principal tipologial predial, onde se fundem capital e forca de trabalho para ocorrer a producao.
    Harvey tambem apresenta o termo ''coerencia estruturada'', que e o ''espaco em que o capital pode circular sem os limites do lucro, como tempo de rotacao socialmente necessario sendo excedido pelo custo e tempo do movimento''.

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  9. 2- Como se desenvolve a cidade? (Fani)

    De acordo com o texto de Anna Fani, o surgimento da cidade esta ligado com a necessidade do homem em organizar um dado espaco no sentido de integra-lo, viabilizar a sobreviencia do grupo no lugar e romper o isolamento das areas bob sua influencia. O homem deixa de ser um cacador nomade para se fixar em um pedaco de terra e desenvolver o plantio que, com o passar do tempo, vai se inovando tecnologicamente, gerando condicoes para o desenvolvimento de outras atividades nao-agricolas e assim, outros tipos de relacoes economico-sociais.
    A cidade aparece como espaco geografico, produto social, pois o homem passa entao a transformar a natureza para reproduzir sua vida e assim, desenvolver funcoes urbanas. Nesse sentido, a cidade pode ser classificada como industrial (ABCD paulista), cultural (cidade religiosa, cidade universitaria, cidade-museu), ou ainda ligada a atividades comerciais, administrativas ou politicas.

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  10. 3- Explique as Rendas Diferenciais no solo urbano.

    As rendas diferenciais no solo urbano dizem respeito a fatores espaciais que diferem um parcela geografica de outra, determinando a cada uma um valor (e produtividade) diferente no mercado. O fator de maoir relevancia nessa analise e o da localizacao, pois determinara quais classes sociais ocuparao certos lugares na cidade (ou ainda determinara o grau de produtividade de uma terra) e o quanto de concentracao de dinheiro cada lugar desse vai receber.
    As rendas diferenciais podem se originar de tres principais fatores:

    1.Condicionantes ''naturais'' do lugar: as condicoes naturais do terreno, a condicao de oferta de mao-de-obra que poderao ou nao favorecer o desenvolvimento de um mercado e a legislacao do lugar, vao ditar a a possibilidade e quantidade de gastos e construcao de um espaco destinado a certa atividade humana.

    2.Investimentos: a aplicacao de recursos em certas localidades do espaco urbano, como investimentos em infra-estrutura (iluminacao, redes de agua e esgoto) e na acessibilidade (meios de transporte eficientes, vias que interligam bairros ao centro, rodovias) faz com que estas terras sejam mais procuradas e valorizadas, em detrimento de outras sem tais recursos.

    3.Fetiche (consumo do lugar): a realidade de um dado local antes sem recursos ou demanda por habitacoes pode mudar consideravelmente gracas aos investimentos e ao desenvolvimento de um programa de marketing, que induzira o desejo das pessoas (principalmente das classes media e alta) a se tranformarem em necessidades a serem satisfeitas. Um bom exemplo e a transformacao de uma area periferica em um bairro nobre ou em um condominio bem arborizado e infra-estruturado, longe dos problemas dos centros urbanos das metropoles. Essas terras, apesar de distantes do centro e de outras ''zonas privilegiadas'', tem um enorme valor no mercado.

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  11. Ola professor, peco desculpas por o texto nao conter sinais de acentuacao e outros erros. Eu digitei tudo na biblioteca da ufu e os teclados daqui sao muio antigos e nao facilitam. Agradeco a compreensao. Tenha uma otima semana.

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  12. 1) A produção do espaço na sociedade capitalista é visto como um pequeno obstáculo a ser superado. Por meio do investimento e da inovação nos sistemas de transportes e comunicação, as barreiras espaciais são superadas e é realizada a anulação do espaço pelo tempo. É evidente, porem, que o capital e a força de trabalho devem se unir em algum ponto do espaço para ocorrer a produção, e esse ponto é a fabrica. A resposta capitalista da fabrica, é a forma industrial de urbanização que minimiza o custo e o tempo de movimentação sob condições da conexão interindustrial. Os capitalistas configuram a geografia de produção em espaços distintos. Grande exemplo para isso é a grande empresa Nike. A Nike possui fabricas em países do terceiro mundo, como Vietnã, Camboja, Indonésia e China, devido a mão de obra barata desses lugares. A sede da empresa fica em Beaverton, Oregan e os seus produtos são vendidos no mundo inteiro. O território em que prevalece essa coerência estruturada se define como espaço em que o capital pode circular sem os limites do lucro, com o tempo de rotação socialmente necessário. O capitalismo, portanto, se esforça para criar uma paisagem social e física da sua própria imagem, e requisito para suas próprias necessidades em um instante especifico do tempo, para solapar,despedaçar e destruir a paisagem num instante posterior ao tempo.

    2) A cidade se desenvolve pela necessidade de realização de determinada ação que condiciona a vida material de uma pessoa. Nos primórdios, o homem deixa sua condição de nômade e resolve encarar os desafios da terra, fixando-se nela. Ele necessita, então, de uma moradia e de métodos de manipulação da terra para conseguir se alimentar e resistir a , por exemplo, invernos rigorosos e verões muito secos. Logo após, surge o fator mais importante do desenvolvimento e organização da cidade,a divisão social do trabalho. E é a partir daí que há a acumulação tecnológica, a produção de excedentes agrícolas e conseqüentemente a divisão entre campo e cidade. O comércio se impõe e organiza um espaço compatível com os valores e modo de vida dos homens. A medida que a cidade desenvolve a manufatura e converge para ela a grande massa de trabalhadores expulsos do campo, ela, enfim, ganha expressão.

    3) A renda diferencial urbana baseia-se na localização, infra-estrutura, condição natural do terreno e da mão-de-obra, acessibilidade, vizinhança e legislação. A melhor localização será imposta de acordo com os recursos que o lugar oferece, por exemplo um lugar em que possui mais supermercados, farmácias, hospitais e escolas será mais bem requisitado do que um lugar no meio do nada. E é justamente a discrepância que existe entre as áreas urbanas que definem uma área mais cara e outra mais barata. Tudo isso converge em um ponto: quem possui mais capital, tem mais condições de viver bem do que pessoas que possuem menor poder aquisitivo.

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  13. 1. O capital procura a todo o momento se reproduzir visando o lucro, mediante o seu sistema de circulação de mercadorias. Para que ele circule, é necessária a criação das infra-estruturas sociais e físicas que dão suporte a isso. Chamamos essa extensão de tempo para a circulação de “tempo de rotação socialmente necessário”, que procura ser o menor possível. Por isso, capitalistas tentam controlar o tempo de trabalho excedente, para transformá-lo em lucro dentro deste tempo de rotação, por meio de configurações espaciais fixas. A fábrica é o ponto onde o capital e a força de trabalho se unem para a produção, sendo a forma industrial de urbanização, na qual é minimizado o custo e tempo de movimento. É denominada coerência estruturada essa reunião de fatores que produzem o espaço, abrangendo as formas de produção, tecnologias, consumo, demanda e oferta de mão-de-obra, infra-estrutura física e social e tornando possível a produção capitalista em um menor custo e espaço de tempo. O território transforma-se em um local onde o capital pode circular sem os limites de lucro.

    2. A cidade é o trabalho materializado do homem, que se dá pela ocupação de um espaço e pela necessidade humana de suprir as condições materiais de sua existência, produzindo seus meios de vida. Quando o homem deixa de ser nômade e desenvolve técnicas rudimentares para o cultivo da terra, ele fixa-se em um lugar e começa a produzir este local. Há a divisão social de trabalho e, consequentemente, de classes e espaço. A acumulação tecnológica permite a produção de excedentes agrícolas que serão comercializados. Assim, há também a divisão espacial entre campo, local de produção, e aglomerados, de trocas comerciais, que mais tarde darão origem as cidades. O comércio se fortalece e impõe a organização de um espaço compatível com seus valores e modo de vida. O meio urbano vai ganhando expressão, juntamente com o desenvolvimento da manufatura e a migração de trabalhadores rurais a procura de trabalho. Nessa visão, a cidade desenvolve-se como locus da produção, sendo a concentração de instrumentos de produção, serviços, mercadorias, infra-estrutura, trabalhadores e reserva de mão-de-obra. Ela é mutável, e vai se modificando a toda momento, sendo fruto da dinâmica das forças produtivas desenvolvidas ali.

    3. A renda diferencial do solo urbano são as diferenças entre os lotes da cidade que tornam seus valores tão variáveis, posto que a produção em cada um deles será distinta e contará com uma gama de fatores favoráveis ou não. Exemplos deles são: a localização, a infra-estrutura provida no local (água, energia, transporte...), as condições naturais do terreno, a demanda e oferta de mão-de-obra, a acessibilidade, a vizinhança, legislação, entre vários outros. Resumindo, a renda diferencial pode ser influenciada por três grupos de fatores: os condicionantes naturais (de mercado), investimentos aglomerados no local e o consumo do lugar (fetiche), que farão com que certo espaço seja mais ou menos valorizado.

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  14. Respondi às 3 perguntas por meio de um comentário geral:

    Para que se entenda a produção do espaço na sociedade capitalista, é preciso começar falando do desenvolvimento da cidade, que é o principal palco das atividades capitalistas.
    Quando a cidade surge, na Antiguidade, ainda há uma cidade dependente da natureza, localizada próxima a rios e em locais secos e altos. Quando o homem passa a dominar a natureza, principalmente no que se refere ao transporte da água para a cidade, as cidades passam a não definir sua localização apenas pelos condicionantes naturais. Na Idade Média, surge o conceito de centro na cidade, e elas crescem, porém o Feudalismo sufoca o crescimento e as cidades quase desaparecem, mas voltam a se fortalecer com o advento do comércio. O Renascimento vem para reavivar o conceito de homem-dominador, e surge também o embelezamento das cidades, a urbe tornando-se bela coletivamente, aparecendo também o paisagismo. No século XIX, há o início regular do parcelamento do solo e das restrições urbanísticas. Aparece a noção econômica neoclássica sobre o lucro da terra fértil, segundo a qual o produtor que produz a mercadoria com o maior valor de produção é quem define o preço final do produto. Surge o saneamento das cidades, como foi feito em Paris. No século XX, aparece um importante fator: o automóvel, que permite à cidade que ela fuja do modelo horizontal de crescimento urbano, e começando o crescimento tentacular.
    Nos dias atuais, onde predomina a lógica capitalista, o espaço e seu valor acabam sendo definidos pela concentração de capital num determinado espaço da cidade. Quanto mais capital concentrado num lugar, maior é o custo do mesmo. Nas zonas rurais, o valor de um espaço é definido pela sua capacidade de produção de capital, portanto terras mais férteis são mais valorizadas. Na cidade o que ocorre não é uma produção de capital, mas a circulação do mesmo, com exceção das áreas industriais. Áreas destinadas à moradia produzem, mas é uma produção social, na medida em que propiciam espaços para a reprodução da vida e das relações sociais.
    Na sociedade capitalista, o espaço precisa estar numa lógica que facilite a circulação de mercadorias. Assim, a cidade acaba se dividindo em espaços com fins específicos . As áreas centrais geralmente são as áreas cujo preço é maior, devido às quantidades de capital e de dinheiro concentradas ali . As classes mais altas, cujo poder de compra é maior, geralmente estão concentradas no centro, pela grande acessibilidade aos serviços de que necessitam, ou então vivem em locais , ou então moram em locais situados na periferia, porém que propiciam uma qualidade de vida maior, devido à menor produção de ruídos, à maior arborização e menor poluição que nas áreas centrais. Essa periferia rica apresenta diversos serviços que melhor atendem à população mais favorecida: escolas, parques, hospitais, shoppings centers, dentre outros serviços. Já as classes mais abastadas estão concentradas na periferia, mas nas periferias que não oferecem saneamento básico, distribuição de água, energia e coleta de esgoto, ou estão concentradas próximas a fábricas, onde trabalham.
    Visto o que foi dito até aqui, podemos definir a Renda Diferencial Urbana, que é uma soma de fatores que define o preço dos espaços na cidade. Os fatores são: localização do espaço e a quantidade de capital acumulado no mesmo; infra-estrutura de transportes, lazer, educação, saúde, dentre outros; condições naturais do terreno; disponibilidade de mão de obra; acessibilidade ao restante da cidade; vizinhança; legislação da cidade.
    Devemos evitar as rendas diferenciais, pois, quanto maiores as discrepâncias, pior é para os moradores da cidade.
    Também há cidade cuja renda diferencial é nula, devido à homogeneização da população, de sua renda, dos serviços e habitações.
    Existem 3 tipos de rendas diferenciais: condicionantes naturais(mercado): prefeitura, localização, infra-estrutura; investimentos: para melhorar e valorizar o local; fetiche (consumo do lugar) : transformação de desejo em necesidade.

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  15. 1) Sendo um modo de produção cuja lógica se baseia na produção de lucro, desde suas primeiras manifestações o sistema capitalista vem modificando a sociedade e o espaço de acordo com suas necessidades, isso significa dizer que a dinâmica (caos) inerente às cidades é fruto das constantes transformações necessárias às acomodações desse sistema. Nessa lógica, Marx observou a necessidade de que ocorra uma superação do espaço pelo tempo, no sentido de que deve haver uma organização desse mesmo espaço – aperfeiçoamento das telecomunicações e infra-estruturas, basicamente – que torne rápida e funcional a relação empregado x empregador (local de trabalho) em suas variadas modalidades, tendo como conseqüência a ininterrupta (re) produção do espaço em questão.

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  16. 2) Em determinada conjuntura histórica e frente ao surgimento de diversas necessidades humanas, surgiram as cidades, onde então passaram a vigorar novas técnicas de produção agrícola (até então a principal atividade humana), que diferiam do método nômade na medida em que propunham um aproveitamento mais racional da terra, através da rotação de culturas, por exemplo, que evitava o esgotamento (qualitativo) dos solos. Tal fato representou um passo significativo na evolução humana, pois tornou possível a produção de excedentes e a conseqüente dedicação do homem a outras atividades além da plantação, eis que se desenvolve a prática do comércio. Torna-se então necessária uma especificação da atuação de cada homem nesse novo contexto, é a chamada divisão do trabalho, que diferencia os homens por suas respectivas capacidades/ funções, o que acaba provocando uma divisão da sociedade em classes, inicialmente entre campo e cidade, produção e administração, para depois se manifestar na diferença de poder aquisitivo entre grupos antagônicos. Essa diferença de poder aquisitivo é facilmente percebida ao analisar-se o espaço urbano, onde ao cidadão menos favorecido resta a opção de ocupar a periferia, normalmente menos valorizada devido à precariedade das infra-estruturas (água, esgoto, energia, saneamento básico, asfaltamento, etc) e má localização (hospitais, escolas, comércio e áreas de lazer distantes). Já à classe mais abastada pertencem as zonas privilegiadas da cidade, que além da localização apresentam o diferencial de estarem próximas dos locais de trabalho, o que implica em um menor tempo de locomoção para o trabalhador, conseqüentemente otimizando o serviço desempenhado. Esse é um dos principais motivos que explicam o caráter indefinido de uma cidade, no sentido de que esta encontra-se sempre em fase de transformação, com construções em andamento (pontes, rodovias, linhas de metrô, conjuntos habitacionais, etc) que de alguma forma acelerem e melhorem a produção e conseqüente desenvolvimento do sistema capitalista. Isto é, o espaço que define a cidade desde sempre foi desenvolvido e adaptado para servir à lógica capitalista de produção, não importando as conseqüências ecológicas e sociais que esse processo gera, o que fica nítido diante de tantas catástrofes naturais e conflitos geopolíticos mostrados diariamente nos noticiários. A cidade, em todos seus aspectos, é produto humano, social, histórico e, acima de tudo, capitalista.

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  17. 3) Renda diferencial é toda característica ou potencialidade que, no caso, exalta um terreno (localidade) em relação a outro dentro da própria cidade ou no campo. No solo urbano essa característica pode ser uma localização privilegiada, com acesso fácil a hospitais, escolas, mercados, comercio em geral, vizinhança “selecionada”, bancos, áreas de lazer e etc, o que confere a essa localidade maior valor de troca quando comparada à periferia, geralmente menos beneficiadas por esses recursos. Outro fator que se configura como renda diferencial é a concentração de mão-de-obra em determinada região, que receberá investimentos que não teriam razão de ser em locais com mão-de-obra escassa. Ou mesmo as condições naturais do terreno, que se configuram como renda diferencial quando proporcionam maior produtividade ao agricultor em relação a outros terrenos menos férteis, o que também se manifesta na valorização maior ou menor desse terreno. Renda diferencial também pode ser encontrada em locais de grande comércio, devido a grande quantidade de capital circulante, o que por si só já atribui grande valor a esses locais. Basicamente, reda diferencial é uma espécie de parâmetro utilizado para conferir valor ao solo urbano, que possui a capacidade de moldá-lo a partir de suas proposições, já que acaba determinando o tipo de classe econômica que terá acesso a cada região na cidade.

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  18. 1-
    A produçao do espaço na sociedade capitalista se dá pelo uso do solo para obtenção de lucro. Por intermédio de mudanças e reestruturações geográficas existem todos os tipos de possibilidades para protelar as crises, sustentar a acumulação e modificar a luta de classes.
    Suspeita-se que, no século XX, a sobrevivência do capitalismo foi assegurada apenas pela transformação das relações espaciais e pela ascenção de estruturas geográficas específicas (como centro e periferia, Primeiro e Terceiro Mundos).
    A empresa multinacional, capaz de deslocar capital e tecnologia rapidamente para diversos lugares, controlando diferentes recursos e mercados de trabalho, obtém muito mais lucro do seu poder devido à sua capacidade de dominar o espaço e usar os diferenciais geográficos de uma maneira que a empresa familiar não é capaz.

    2-
    Pode-se dizer que a cidade nasce a partir da necessidade de se organizar um dado espaço no sentido de integrá-lo e aumentar sua independência visando determinado fim. No momento em que o homem deixa de ser nômade, fixando-se no solo como agricultor, é dado o primeiro passo para a formação das cidades. Alguns elementos estão relacionados ao nascimento das cidades, como: a divisão do trabalho; a divisão da sociedade em classes; acumulaçã tecnologica; produção de excedente agrícula decorrente da evolução tecnológica; um sitema de comunicação; uma certa concentração espacial das atividades não-agrículas.
    Com o desenvolvimento do comércio, e consequêntemente das cidades e da populção urbana, uma mudança de valores.
    O desenvolvimento industrial, descobertas científicas e o avanço tecnologico criam espacialização espacial e uma divisão do trabalho muito amplas. Com isso surge a internacionalização da divisão do trabalho entre países, a cidade como ponto de concentração da indústria e de grande massa populacional atrai o poder econômico e político. A grande indústria com seus fluxos cria a história mundial, na medida em que faz depender do mundo inteira cada nação civilizada, transformando as relações dos homens com a natureza e com os outros homens através das relações monetárias e da criação de um novo modo de vida, e reproduz a grande metrópole como resultado de uma grande acumulação de poder e riqueza.
    3-
    O preço do solo urbano está vinculado a alguns fatores como: a localização do terreno, o acesso aos lugares ditos privilegiados (escolas, shopping, centros de saúde, de serviços, lazer, áreas verdes, etc.), à infra-estrutura (água, luz, esgoto, asfalto, telefone, vias de circulação, transporte), à privacidade; e fatores vinculados ao relevo e o processo de valorização espacial.
    Assim classes de maior renda habitam melhores áreas, que podem ser centrais, e no caso de grandes cidades quando nessas áreas tem aspectos negativos como barulho, poluição congestionamentos, habitam áreas afastadas do centro, em terrenos mais amplos, arborizados, silenciosos e com mais opções de lazer. À população de menor poder aquisitivo restam as áreas centrais, deterioradas e abandonadas pela classe mais rica, a periferia não arborizada e distante das zonas previlegiadas da cidade. Para aqueles que não tem essa possibilidade restam as favelas onde os terrenos não tem direitos de propriedade e geralmente estão em áreas de risco.

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  19. A Produção do Espaço na Sociedade Capitalista

    Parafraseando Marx, o capitalismo é caracterizado pela anulação do espaço pelo tempo, ao dizer isso, porém o pensador não poderia imaginar a gama de tecnologias e invenções que possibilitariam esta anulação de maneira tão eficiente como ela acontece hoje.
    Apesar de tudo, os objetivos capitalistas só podem ser alcançados de maneira genuína, a partir de uma configuração espacial específica o que nos permite dizer que o modo de produção baseado no capital contribuiu muito para a formação das sociedades adequadas á pratica capitalista.
    Tais objetivos exigem uma organização espacial fixa e imóvel, a fim de alcançar maior eficácia entre a soma das forças produtivas e as relações sócias o que nos aponta ao conceito de espaços regionais.
    Os espaços regionais são determinadas áreas em que podemos encontrar inter-relacionadas as forças produtivas e toda a sociedade envolvida com as mesmas, por exemplo: a mãe de obra, a produção, a oferta, o mercado consumidor, e a cultura que propicia a procura de determinado produto geram uma coerência estrutural (“ região em que o capital pode circular sem os limites do lucro”) capaz de unidas representar um espaço regional.
    Tudo isso leva a um paradoxo constante no capitalismo, pois se o capital necessita de uma infra- estrutura fixa para se consolidar, este também necessita de vias fáceis e rápidas para fazer com que o ele se movimente e continue alimentando o sistema.
    Este conflito está visivelmente presente na construção do espaço geográfico e na manifestação de suas paisagens podendo ter como exemplo a estrutura das cidades e como o seu desenvolvimento é influenciado pelas práticas capitalistas.

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  20. 1) A sociedade capitalista estima em seus primórdios as possibilidades de expansão e superação do espaço, isto é, busca veemente forças produtivas e matéria-prima o mais compensativas. Durante todo o contexto histórico pelo qual se originou a forma capitalista de se relacionar houve a elite dominante, denominada proprietária, versus operários, submetidos à divisão social do trabalho. Estes últimos às vezes fazendo parte de uma substituição constante espacial de acordo com o custo do movimento e trabalho diário. Com o avanço da tecnologia sobre o transporte e comunicação tornou-se possível alcançar áreas antes nunca exploradas, e saciar a sede por terras de grande fertilidade. De fato o proprietário quando constrói para si uma base empresarial fixa (na qual parte do capital é imobilizada em prol de uma maior liberdade de movimento do mesmo e da força de trabalho remanescentes) e em torno desta uma coerência estruturada de fontes ideais de matéria, energia, mão-de-obra especializada, etc. estaria gerando espaço. Espaço este suficiente para que o capital possa escoar sem os limites do lucro, digo, sem preocupação quanto ao tempo de rotação socialmente necessário. Por fim saliento que elementos como configurações inadequadas regionais e tradições de luta de classe por ambos os lados podem resultar em uma instabilidade crônica que inviabiliza a acumulação e, portanto extingue o meio a ser cultivado.
    2) Existia anterior às cidades, a fase nômade do homem. Neste período a relação homem-meio se resumia pelo constante transito territorial, ou seja, à medida que a terra já não era de tamanha serventia, os nômades desmontavam suas barracas e iam mais alem em busca de uma nova fonte. No entanto, o espaço a ser explorado foi o que gradativamente gerou o avançar da técnica, pois o individuo ao usufruir do ambiente aprende a lidar com suas restrições, logo a evoluir. O momento que o homem se fixa no solo em virtude da agricultura seria o primeiro passo ao surgimento das cidades. Não seria por mera coincidência que as primeiras cidades foram surgir nos locais de maior exploração agrícola, a exemplo da Ásia. Com o aprimoramento técnico, avanço das colheitas, do armazenamento e distribuição do excedente agrícola e o inicio da monetarização (troca simbólica de valores) é iniciada a passagem do campo rural para o urbanístico civilizado. Diria Braudel: “da barbárie à civilização, do regime de tribo do Estado, da localização pontual e dispersa à nação”. Para tanto é requerida devida hierarquização representada por uma elite governante. Elite esta que dará impulso à divisão do trabalho, e conseqüente divisão da sociedade em classes. Portanto, é gerada ai uma concentração espacial, na qual cada individuo representa a partícula de uma unidade viva que é cidade.
    3) As chamadas rendas diferenciais dizem respeito à capacidade produtiva de um dado território. David Ricardo, famoso historiador inglês do século XVIII, estabelece em sua teoria denominada “Lei da Renda Fundiária” que produtos de terras férteis são produzidos a custo menor, mas vendidos ao mesmo preço dos demais, logo proporcionando aos seus proprietários uma renda fundiária igual a diferença de produção. Para ele, a pior terra era que determinava o preço final, desta forma a melhor tinha maior preço. Tal variação é o que caracteriza as rendas diferenciais. Seriam estas divididas em três formulações distintas:
    I – condicionais naturais, isto é, as leis do mercado.
    II - investimentos artificiais, os quais seriam o maquinário existente para acelerar a produção.
    III – fetiche, o qual se opõe à idéia de "valor de uso", uma vez que este se refere estritamente à utilidade do produto. Relaciona-se à fantasia que paira sobre o objeto, projetando nele uma relação social definida entre os homens.

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  21. O Desenvolvimento das Cidades

    De maneira geral as cidades surgem em um determinado local de acordo com as práticas e as funções desempenhadas no mesmo. Se pegarmos o contexto do feudalismo, cada feudo consistia em uma pequena “cidade”, pois estes eram praticamente subsistentes. Em cada feudo, a mãe de obra, a infra- estrutura e a organização social eram adequadas à determinada prática. No capitalismo nossos feudos se transformam em grandes cidades.
    O sistema influência a formação destas pois de acordo com o interesse do capital de se fixar e a necessidade de uma estrutura social adequada surgem os aglomerados e em decorrência disto, os centros urbanos.
    Devemos levar em conta também que o período histórico constitui fator muito importante na determinação de como esta cidade vai ser organizada e quais tipos de grupos sociais poderemos encontrar na mesma.
    Depois de consolidada, a cidade pode ser interpretada como o resultado das relações sociais com a natureza, o que de fato é observado na diferença de valores entre um local no perímetro urbano e outro, fazendo surgir o conceito de renda diferencial.

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  22. 1 -Os conceitos de espaço e de localização derivam da prática social de produção e reprodução no contexto da divisão social do trabalho.É necessário que haja um território onde uma sociedade consegue viver .Com a divisão social do trabalho esse território é estruturado como um espaço. Atividades que são os processos de produção e reprodução ,requerem uma localização, e entre essas localizações se estabelece uma interconexão de acordo com a interação entre aquelas atividades. Tal interconexão é o próprio estofo, matéria constituinte do espaço e define como o espaço está estruturado. No mundo concreto em que as sociedades vivem, tanto as localizações como as relações entre as mesmas –que constituem o espaço econômico– precisam se materializar, e para tanto, precisam ser produzidas.O espaço se da a partir o trabalho humano .

    2- O desenvolvimento de uma cidade se da devido a necessidade de realizar certas atividades visando a sobrevivência do homem em um espaço, ou seja, realizar determinadas ações para suprir necessidades humanas e da produção dos meios de vida. A cidade é em cada época, o produto de uma organização das relações econômicas e sociais que não se limita a exercer sua influência sobre as únicas aglomerações urbanas.A cidade vai se transformando à medida que a sociedade como um todo se modifica. Um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento de uma cidade é a formação da divisão social do trabalho é a partir daí que a sociedade começa a acumular tecnologia e como conseqüência há a divisão do campo e a cidade .

    3-A renda diferencial no solo urbano é a diferença de lucro que um produtor irá ter a mais que outro produtor . O que determina a renda diferencial é a localizaçao ,a infra estrutura da terra, as condições naturais do terreno a legislação, entre outros. Há dois tipos de renda diferencial, o que é condiçionado por elementos naturais como o solo , o clima ,e outros.E a renda diferencial que é condicionada pelos investimendos feitos pelo produtor na terra, na produção em si ,investimentos como maquinufatura ,infra estrutura ,investimentos em tecnologia.

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  23. 1. O capitalismo é caracterizado necessariamente por um esforço permanente da superação de todas as barreiras espaciais e da “anulação do espaço pelo tempo”. No entanto, isso denota que esses objetivos apenas podem ser alcançados por meio da produção de configurações espaciais fixas e imóveis.
    O capital e a força de trabalho devem se unir em algum ponto especifico do espaço para ocorrer a produção . A fábrica é um ponto de reunião, enquanto a forma industrial de urbanização pode ser vista como resposta capitalista especifica à necessidade de minimizar o custo e o tempo de movimento sob condições da conexão inter-indústrias , da divisão social do trabalho e da necessidade de acesso tanto à oferta de mão-de-obra quanto aos mercados consumidores finais.
    O resultado de tais processos tende para a coerência estrutural em relação ao consumo e a produção em um determinado espaço. A coerência se reforça, informalmente, por intermédio da constância ou criação das culturas e das consciências nacional, regional e local.
    2. Existem condições históricas especificas que explicam o surgimento da cidade e suas diferenciações espaciais. A cidade em cada uma das diferentes etapas do processo histórico assume formas, características e funções distintas, sejam elas: industrial, cultural, comercial, administrativa, etc.
    A cidade nasce da necessidade de se organizar um dado espaço no sentido de integrá-lo e aumentar sua independência visando determinado fim. O espaço geográfico só se constitui enquanto processo humano, logo social, na medida em que o homem tem condições de, através de seu trabalho, transformar natureza e produzir algo diferente.
    A cidade é, em cada época, o produto de uma organização das relações econômicas e sociais que não se limita a exercer sua influência sobre as únicas aglomerações urbanas. O espaço tem cada vez mais a dimensão do mundial e as relações entre os homens dependem cada vez mais de decisões tomadas a milhares de quilômetros de seu local de residência.
    3. A renda diferencial é a diferença de valorização de dois espaços, levando a divisão territorial e social do espaço urbano. Ela define o lucro de uns e o prejuízo de outros. Mas, o que define que dois terrenos de mesmo tamanho apresentem preços distintos? A renda diferencial pode apresentar causas distintas.
    Primeiramente, as condições naturais do terreno. A fertilidade do solo, o clima, a acessibilidade e a localização de determinado terreno influencia na disputa por sua posse e, por consequencia, no seu valor comercial.
    O investimento e a legislação vigente em determinadas áreas também faz com que elas sejam mais ou menos valorizadas que outras. Um local que possua infra-estrutura, acesso aos bens de consumo e serviços tem seu valor aumentado. E serve aos que possuem condições financeiras de adquirir esses terrenos.
    O investimento financeiro aliado ao marketing atua como forte ferramenta de valorização do solo. A propaganda de determinado local faz com que ele seja visto e desejado como um bem indispensável.

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  24. A Renda Diferencial Urbana

    Renda diferencial pode ser definida como a vantagem relativa que surge da comparação entre dois terrenos no ambiente urbano, sendo que um é mais adequado a determinada atividade que o outro.
    Podemos dividir tais vantagens em três principais grupos sendo eles: a renda diferencial por condicionantes “naturais”, por investimentos, e pelo consumo; como condicionantes naturais para atribuir uma renda diferencial a um terreno podem envolver sua localização, a acessibilidade desde local com outras regiões de interesse, e as condições como relevo, o clima e a condição do solo (principalmente em propriedades voltadas para o uso agrícola); os investimentos aumentam a renda diferencial de maneira bastante simples pois se um terreno já possui infra- estrutura adequada para a atividade que virá a desempenhar, tem acertados os acordos envolvendo a legislação da cidade em questão, este terá valor superior a um terreno que não tenha estas condições; e por ultimo, temos questão do consumo pois, apenas os dois quesitos anteriores já seriam suficientes para tornar uma região mais vantajosa do que outra, porém, segundo a lógica capitalista, o desejo por determinados atributos também influencia no valor dos terrenos dentro das cidades por tanto, áreas com qualidades estéticas, que propiciam lazer, tranqüilidade e facilidade para seus proprietários também são mais valorizadas do que aquelas que não possuem tais benefícios.

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  25. 1-
    Do ponto de vista da circulação do capital, o espaço aparece, primeiramente, como mera inconveniência, uma barreira a ser superada. Para Marx, o capitalismo é caracterizado necessariamente por um esforço permanente da superação das barreiras espaciais e da “anulação do espaço pelo tempo”. Entretanto, a organização espacial é necessária para superar o espaço.
    O capital e a força de trabalho se unem em um ponto específico do espaço para ocorrer a produção; a fábrica é o ponto de reunião e a forma industrial de urbanização é uma resposta capitalista à necessidade de minimizar o custo e o tempo de movimento, da divisão do trabalho à oferta de mão de obra.
    O resultado desse processo é chamado de coerência estruturada, local onde o capital pode circular sem os limites do lucro.
    A capacidade da força de trabalho e do capital de se moverem rapidamente e a baixo custo depende da criação de infra- estruturas (físicas e sociais) fixas e seguras, praticamente inalteráveis, dominando-se o espaço, sua produção é alcançada.

    2-

    A cidade é uma realização humana que vai se construindo ao longo da história e que ganha materialização concreta, diferenciada, em função de determinações históricas específicas. Ela nasce da necessidade de se organizar um dado espaço no sentido de integrá-lo e aumentar sua independência visando determinado fim (sobrevivência de um grupo, rompimento do isolamento das áreas sob sua influência). A origem da cidade pode ser industrial, cultural, comercial, administrativa ou política.
    Esta é um fazer ininterrupto, intenso, à medida que a sociedade se modifica, ela se transforma. O desenvolvimento das forças produtivas produz mudanças constantes e com essas, a modificações do espaço urbano.

    3-
    Renda diferencial é a vantagem de um produtor ou produto sobre os outros. No caso da diferencial urbana é a vantagem de um terreno sobre o outro. Ela pode ser natural, decorrente de investimentos ou decorrente de investimentos combinados com o marketing.
    Na primeira o terreno tem uma vantagem natural sobre os demais; por possuir relevo mais propício à construção, a legalização, a disponibilidade de mãe de obra, entre outros.
    A renda diferencial decorrente de investimentos é o terreno com boa infra- estrutura, presença de saneamento básico, energia elétrica, ruas asfaltadas, transporte público e acessibilidade. O que a diferencia da decorrente de investimentos como com o marketing é que nesta há também o investimento no lazer e na estética do ambiente. Aparência que será usada para fazer propagandas e atrair o público com o sonho de residir naquele local.
    Os principais agentes da renda diferencial urbana são seis, infra- estrutura, localização, acessibilidade, condição de mãe de obra, e condições naturais do terreno.

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  26. 1. A fábrica é o ponto de encontro entre espaço geográfico e a produção (capitalismo), ela surgiu para diminuir o custo e o tempo de movimento entre as indústrias, da divisão social do trabalho, da necessidade de acesso a mão de obra, matéria prima e mercados consumidores.
    Hoje, com o mundo globalizado não há necessidade de que todas as etapas de produção sejam feitas em um mesmo local, existe uma superação das barreiras espaciais, como consequência desse processo uma forte integração entre regiões, gerando uma diminuição do custo e tempo para movimentar mercadorias, através do aperfeiçoamento da comunicação, sistemas de transportes sofisticados e infra-estrutura adequada para melhor funcionamento do processo.
    2. A cidade nasce em algum momento da história e se desenvolve ao longo do processo histórico, assumindo diferentes formas de acordo com as necessidades dos cidadãos. A origem da cidade se associa as funções urbanas (industrial, cultural, comercial, política).
    O homem, no processo de ocupação de um espaço se separa de acordo com a geração de riquezas, as classes de maior renda habitam as melhores áreas e localizações de lazer, serviços em geral são as determinadas zonas privilegiadas.
    As pessoas de classes de menores rendas compram terrenos mais baratos e com localizações mais distantes das áreas de melhor localização. O mercado é quem determina o acesso à propriedade privada, pela possibilidade de pagamento do preço da terra.
    3. A renda diferencial no solo urbano é a divisão do espaço urbano de acordo com as classes sociais, o acesso a lazer, infra-estrutura, uma boa localização do terreno é privilégio de poucos. As classes de maior renda habitam as melhores áreas. Essa divisão do espaço é determinada pelo mercado, pela legislação, por investimentos feitos no terreno ou em áreas próximas a ele.
    Portanto, as formas assumidas pelo espaço são consequências da divisão social e territorial do trabalho orientados pelo mercado.

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  27. 1- A produção do espaço na sociedade capitalista se dá através da constante necessidade de valorização e circulação do capital e mão-de-obra além da busca de novos mercados e aumento da competitividade, sujeitando as relações espaciais à transformação contínua. Estes processos que se incluem nas características principais do capitalismo como a acumulação e expansão além da necessidade de produzir e absorver excedentes de força de trabalho e capital, produzem pressões em uma região extravasando para o exterior (ex: exportação de capital) ou atraem para o interior ( ex: imigração).Outro determinante do espaço são as revoluções tecnológicas que libertam a produção e o consumo dos limites espaciais, permitindo o desenvolvimento das industrias e comércios, que passam a ser onipresentes. Em relação a mão-de obra e migração de empresas podemos observar a luta de classes em um território que força os capitalistas ou os trabalhadores a buscarem outros lugares com condições mais favoráveis a sua sobrevivência. Desta maneiro o espaço vem ser modificando cada vez mais, não podendo afirmar a existência de sua imutabilidade. O espaço vem sendo produzido de acordo com as necessidades que são apresentadas pelo capitalismo e pelo ser humano.

    2- A cidade é um produto social, trabalho materializado, e nasce da necessidade do ser humano de organizar um dado espaço no sentido de integrá-lo e aumentar sua independência. Desta maneira o homem deixa de se desenvolver individualmente e com muitas limitações, para passar a se desenvolver em um grupo, podendo produzir não somente bens necessários a sua sobrevivência. A partir do surgimento de uma cidade, o homem começa então o seu processo de construção material da sociedade e o desenvolvimento das forças produtivas, modificando o espaço ao seu redor e transformando a natureza para visando um determinado fim, incorporando novas áreas, e verticalizando para melhor aproveitamento do espaço urbano como forma de sobrevivência e acúmulo de capital.

    3- A Renda diferencial no solo urbano dá-se pela definição e diferenciação do preço da terra urbana: a construtibilidade, os limites impostos para o parcelamento, ocupação e
    uso do solo, as obrigações a serem cumpridas pelos empreendedores. Além desses, deve-se ressaltar a importância dos significados sociais e ideológicos que identificam uma determinada área com uma classe social. Esta identificação ocorre a partir da localização da terra na divisão econômica e social do espaço, processo estreitamente relacionado à renda diferencial do solo urbano.

    A Renda Diferencial I
    É produzida por diferença de “construtibilidade” dos terrenos urbanos, ou seja, a potencialidade de se construir algo em uma determinada área. São os condicionantes naturais do terreno urbano.
    Renda Diferencial II
    É produzida pelos investimentos capitalistas, tais como estrutura, principalmente nos centros comerciais e imóveis para escritório.
    A Renda diferencial III
    É produzida pelo “fetiche” do local, ou seja, o encantamento que é provocado no cliente, através de propagandas e da beleza do local.

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  28. 1) No capitalismo, o espaço aparece como uma barreira a ser superada. Segundo Marx, esse sistema econômico é caracterizado por um esforço permanente da superação de todas as barreiras espaciais e da anulação do espaço pelo tempo. Esses objetivos apenas podem ser alcançados por meio da produção de configurações espaciais fixas e imóveis (sistemas de transportes etc.).
    Por meio do aumento da variedade das possíveis substituições em determinado processo produtivo, os capitalistas podem cada vez mais se livrar dos limites geográficos específicos, pois as relações espaciais estão sujeitas à transformação contínua.
    O capital e a força de trabalho devem se unir em algum ponto específico do espaço para ocorrer a produção. Os capitalistas individuais, em virtude de suas decisões localizacionais específicas, moldam a geografia da produção em configurações espaciais distintas. O resultado de tais processos tende para o que Harvey chama de coerência estruturada em relação à produção e ao consumo de um determinado espaço. O território em que prevalece essa coerência estruturada se define, imprecisamente, como o espaço em que o capital pode circular sem os limites do lucro, com o tempo de rotação socialmente necessário sendo excedido pelo custo e tempo de movimento. No entanto, também há processos em andamentos que solapam essa coerência - a acumulação e a expansão, as revoluções tecnológicas e as lutas de classes.
    Toda forma de mobilidade geográfica do capital requer infra-estruturas espaciais fixas e seguras para funcionar efetivamente. Parte da totalidade do capital e da força de trabalho tem de ser imobilizada no espaço, congelada no espaço, para proporcionar maior liberdade de movimento ao capital e à força de trabalho remanescentes.


    2) Para se falar de como a cidade se desenvolve, é preciso, antes, saber como é a sua origem e sobre algumas de suas características. A origem de uma cidade pode ser indutrial, cultural, comercial, administrativa ou política. A cidade é algo essencialmente não definitivo. Ela tem uma história. Em cada uma das diferentes etapas do processo histórico, ela assume formas, características e funções distintas. Ela nasce da necessidade de se organizar um dado espaço no sentido de integrá-lo e aumentar sua independência visando determinado fim.
    A cidade se desenvolve a partir da divisão do trabalho que irá determinar uma separação espacial entre as atividades dos homens, logo entre cidade e campo. A acumulação de inovações técnicas ampliaram a eficácia produtiva do trabalho humano e, logo, o crescimento dos centros urbanos. O desenvolvimento da cidade se dá, também, pelas relações comerciais e industriais e pela constante luta de classes.


    3) A Renda Diferencial Urbana é determinada pelos vários fatores que irão diferenciar o valor de um lote para outro dentro do espaço urbano. Dentre os fatores que determinam essa Renda, estão: a localização, a infra-estrutura, as condições naturais do terreno, as condições de mão-de-obra, a acessibilidade, a vizinhança e a legislação.
    Contudo, será a localização que melhor irá determinar a Renda Diferencial Urbana. Os terrenos mais bem localizados serão aqueles que forem mais pertos dos lugares que tem mais dinheiro materializado e que tiverem mais acessibilidade, ou seja, aqueles que têm fácil “modo de ir e vir”, por exemplo.
    Dentro da Renda Diferencial Urbana temos algumas Rendas Diferenciais diferentes. São elas: R1) condicionantes “naturais” (prefeitura, cidade, localização, infra-estrutura, teoria das laranjas etc.); R2) investimentos para melhorar e valorizar o local (é o caso da Av. Luís Carlos Bernini, em SP); e R3) fetiches, configurando parte da R2 (a propaganda e o marketing induz ao fetiche).

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  29. 1) COMO SE DÁ A PRODUÇÃO DO ESPAÇO NA SOCIEDADE CAPITALISTA?
    Para o funcionamento do sistema de produção capitalista é necessária a união, em um dado local do espaço, entre o capital e as forças de trabalho. Desse modo, a demanda produtiva passa a reger o processo de urbanização daquele espaço a fim de atender às necessidades de minimização de custos e prazos de transporte de mercadorias, produtos, mão-de-obra e serviços. Essa estrutura urbana também é desenvolvida para facilitar a conexão entre as diversas indústrias, assim como o escoamento da produção para os mercados consumidores finais. Assim, nessas sociedades o espaço geográfico é moldado de forma a dar suporte às exigências da produção capitalista.

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  30. 3) EXPLIQUE AS RENDAS DIFERENCIAIS NO SOLO URBANO.
    O conceito de renda diferencial foi desenvolvido por Karl Marx com base na teoria da renda da terra, proposta por David Ricardo. Para Marx, a fertilidade do solo, acrescida do trabalho humano sobre essa condição natural mais favorável são os fatores responsáveis pela geração dessa renda. Também é gerador de renda diferencial o capital investido no desenvolvimento de tecnologias para melhorar o aproveitamento da produtividade do solo. Mesmo tendo Marx tratado sobre o solo agrícola, essa mesma lógica pode ser usada para descrever o uso do solo urbano. Produz-se renda diferencial naquelas áreas ou terrenos onde se tem uma maior potencialidade de se construir, devido a fatores físicos naturais (relevo, ventos, proximidade ou não de cursos d’água, privacidade). Os investimentos públicos de infra-estrutura no seu entorno além dos investimentos capitalistas (principalmente em centros comerciais) também são fundamentais na valorização, isto é, na geração de renda diferencial do terreno urbano.

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  32. 2) COMO SE DESENVOLVE A CIDADE?
    Prof. Fernando, apesar de ter lido e relido o texto proposto da autora Ana Fani, não consegui desenvolver uma resposta para tal pergunta. Gostaria, se possível, de discutir a questão em sala.

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  33. 1- O espaço da sociedade capitalista é noventa porcento produzida pelos empreendedores imobiliários, em que a fábrica é um ponto que reúne a sociedade. A sociedade se divide em termos de poder aquisitivo, quem mais tem poder aquisitivo, se localiza melhor na cidade em relação ao comércio, ao lazer, à cultura, ao emprego, a oferta de serviços urbanos e aos serviços em geral, assim, causando uma concentração espacial em algumas partes da cidade, principalmente nas mais centrais. Com a concentração de renda, ocorreu a verticalização excessiva das cidades.

    2- A cidade surge da necessidade de organizar um espaço àfim de aumentar sua independência visando determinado fim, a sobrevivência do grupo no lugar. No capitalismo a produção e o desenvolvimento do urbano vinculam-se à instalação e ao crescimento (direto ou indireto) da atividade industrial e das atividades que a indústria cria. Com o desenvolvimento das forças produtivas a cidade vai ganhando cada vez mais influência sobre o campo, tornando-se a expressão espacial mais importante. Passa a comandar o processo de produção espacial através de uma grande concentração cumulativa de funções, e principalmente como ponto central da acumulação capitalista. As cidades podem ter diversas origens, como industrial, cultural, religiosa, cidades universitárias, cidades-museus e até cidades cujas origens ligam-se à atividades comerciais, administrativas ou políticas.

    3- Renda diferencial é a diferença entre o preço da produção individual de um capital particular e o preço de produção geral do capital total investido na esfera concernente à produção.Ela surge do excedente de lucro de certas propriedades. Em situação de vantagem que são embolçadas pelo proprietário sob forma de renda. Há três tipos de rendas diferenciais: condicionantes naturais, investimentos e fetiches.

    Condicionantes naturais: é quando o terreno possui vantagens naturais. Como um relevo melhor para a construção, terra mais fértil, disponibilidade de mão-de-obra para construir, entre outros.

    Investimentos: terreno com infra-estrutura (saneamento básico, disponibilidade de energia elétrica, iluminação pública nas ruas, pavimentação, etc.) e acessibilidade, e a existência de um bem material no terreno.

    Fetiches: Desejo de morar em um lugar como condomínios fechados que investem no lazer, acessibilidade, aparência do local e infra-estrutura.
    A influência no preço do terreno é: localização, infra-estrutura, condições naturais do terreno, condições da mão-de-obra, acessibilidade, vizinhança, etc.

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  34. Marco Tulio Sousa Costa

    1- A produção espacial dentro da sociedade capitalista, se dá basicamente em função do lucro. Desta maneira, as relações entre burguesia, proletariado, e claro, o Estado se dá sempre no sentido da acumulação e expansão do capital. O espaço e sua própria modificação serve como estrutura física para o fluxo de capital (a tendência é que sempre se busque fazer isso mais e melhor), que é o cerne da sociedade capitalista. Da mesma forma, o próprio fluxo de capital modifica a organização espacial em função de si mesmo. Quando ocorre a expansão de capital em algum determinado ponto da cidade, esta expansão gera uma série de novas organizações em torno deste fluxo de capital: o Estado passa a investir onde o investimento das empresas está; os trabalhadores também se dão no sentido de buscar este fluxo, etc. Essa maleabilidade do capital (e a busca constante por mais flexibilidade ainda) é basicamente o que movimenta o capitalismo, e desta maneira é o que muda a organização espacial dentro das cidades.

    2- Quando o homem deixa de ser nômade, e se fixa num local, ele é obrigado a se deparar com uma série de obstáculos que o fazem bolar maneiras de driblar as intempéries da natureza. Quando ele faz isso, é o que chamamos de progresso tecnológico. Com esse progresso nos mais variados aspectos (desenvolvimento da agricultura, pecuária, etc) as atividades não agrícolas começam a ganhar mais expressão, dentre elas o comércio. Em constante desenvolvimento, a cidade logo ganha maior expressão que o campo. Sendo assim, a cidade é o local onde se tem uma produção muito forte, não só em termos materiais. Com sua mudança constante em todos os sentidos, a cidade configura o local que é de certa forma a imagem das pessoas que ali vivem.

    3- Renda diferencial nada mais é dos que os vários fatores que fazem com que a terra num lugar tenha mais valor de mercado que outra.

    Elas podem ser de três tipos:Ela pode derivar da uma condição natural do lugar, como a localização, a necessidade de intervenção física no local e inúmeras outras variantes.Ela pode derivar também dos investimentos que cada lugar recebe em infra-estrutura, (como iluminação e acessibilidade); naturalmente, quanto mais investimentos nesse sentido, maior o valor da terra. Ela pode variar, por último, do fetiche que possa existir em cima dela, como por exemplo o trabalho de marketing que possa ser feito em cima do local para atrair compradores.

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  35. 1) No capitalismo, a produção do espaço deriva da prática social na divisão do trabalho (DST), visando sempre o lucro. Toda sociedade precisa de um lugar para viver e com a DST esse território se transforma em espaço. Atividades, ou seja, processos de produção, precisam de uma localização, e entre essas localizações pode se estabelecer uma área urbana ou rural.
    Dentro da área urbana, o espaço se divide ainda mais, já que determinados tipos de edificações são construídos em determinados locais. Dessa forma, intensifica-se a já recorrente desigualdade social, separando muito bem as áreas ricas das áreas pobres.

    2)Para muitos, a cidade é tida como inacabada e suas contínuas mudanças produzem as imagens modernas de devastações e caos.
    No entanto, é preciso entender que ela tem a dimensão do humano e reflete isso atráves de seu movimento.
    Podemos entender que a cidade se desenvolve à medida que a maioria de seus habitantes passa seu tempo no interior da aglomeração, aglomeração essa com uma organização considerável.
    As cidades são partes de um conjunto e dessa maneira se apresentam como formas de acumulação humana, além de serem produto das relações econômicas e sociais. Elas também se transformam ao mesmo tempo em que a sociedade como um todo se modifica.

    3)As rendas diferenciais no solo urbano existirão quando houver discrepâncias na cidade, ou seja, divergência entre classes. Essas rendas podem ser tomadas como a diferença do lucro de um produtor comparado a outro.
    A distinção é determinada de acordo com: a localização do terreno; sua infra-estrutura e suas condições naturais; a oferta de mão-de-obra no local; sua acessibilidade e sua vizinhança; e a legislação que rege a cidade.
    Existem dois tipos de rendas diferenciais, a que é condicionada por elementos naturais (solo e clima, por exemplo) e aquela que se dá pelos investimendos feitos na terra e na produção em si, como maquinufatura, infra-estrutura e investimentos tecnológicos.


    A propósito, meu nome completo é Edmundo Paulino de Carvalho Neto.

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  36. A produção do espaço na sociedade capitalista se dá por desenvolvimento e desvalorização do capital por meio de transformações histórico-geográficas e o uso do solo para obtenção de lucro. Os surgimentos das primeiras cidades nascem da necessidade de se organizar em um dado espaço no sentido de integrá-lo e aumentar sua independência visando determinado fim. Isto é, a sobrevivência do grupo no lugar, e o rompimento do isolamento das áreas sob sua influencia. Na criação das cidades, e já com a divisão de trabalhos, gerava a circulação do capital entre as pessoas. O que sustenta a circulação do capital são as criações das infra-estruturas sociais e físicas. A fabrica é um ponto de reunião, enquanto a forma industrial de urbanização pode ser vista como a resposta capitalista especifica à necessidade de minimizar o custo e o tempo de movimentos sob condições da conexão interindustrias,da divisão social do trabalho e da necessidade de acesso tanto à oferta de mão-de-obra como aos mercados dos consumidores finais. Os capitalistas individuais, em virtude de suas decisões localizacionais especificas, moldam a geografia da produção de configurações espaciais distintas. Sendo que, antigamente, as fabricas se localizavam no mesmo local onde tinham mão-de-obra mais abundante, mais barata, tendo mais matéria prima disponível e onde as pessoas tinham melhor acesso, já hoje em dia, com a facilidade de transporte e comunicação, os donos das empresas moram em um lugar, tem fábricas onde tem matéria prima e mão-de-obra abundante e mais barata e tem lojas em localidades mais acessíveis e mercado consumidor. Criando a idéia de cidades grandes e pequenas, periferia e centro, países de 1º, 2º ou 3º mundo, com uma sociedade heterogênea.

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  37. 1- Dentro do capitalismo, o espaço é, primeiramente, uma inconveniência, um obstáculo que deve ser vencido. Em segundo lugar, há uma contradição: para a superação do espaço, é preciso que haja uma organização espacial.
    Há um impulso com fins revolucionários nas forças produtivas quando se trata do espaço. Sendo assim, o capitalismo é marcado por grandes reduções no custo ou no tempo dos movimentos, além de melhorias na continuidade do fluxo. Desse modo, as relações de espaço estão sempre sujeitas a alterações.
    Os capitalistas podem se livrar das barreiras e limites geográficos por meio do crescimento da variedade das possíveis substituições em certo espaço produtivo.
    Concluindo, a capacidade da força de trabalho e do capital de se moverem, de forma rápida e por um baixo custo, de um lugar para o outro, depende da criação de infra-estruturas físicas e sociais fixas, seguras e, também, em grande parte, imutáveis. A capacidade de se ter domínio sobre o espaço implica na produção do mesmo.

    2- A cidade é um produto social, um trabalho materializado, e mostra-se em formas de ocupações. O modo de ocupação de cada lugar da cidade se dá a partir da necessidade, seja esta necessidade produzir, habitar ou consumir.
    As origens de uma cidade podem ser: industrial, cultural (religiosas, cidades universitárias e cidades – museus) ou ainda comerciais, administrativas ou políticas.
    A cidade não só surge do crescimento de uma vila, existem condições históricas específicas que podem explicar o nascimento de cada cidade e suas diferenciações espaciais. São frutos de uma realização humana, uma criação que ao passar do tempo ganha uma materialização concreta, diferenciada.
    O nascimento de uma cidade, portanto, ocorre graças a necessidade de se organizar certo espaço com o sentido de integrá-lo e aumentar sua independência visando determinado fim, como a sobrevivência de um grupo e o rompimento do isolamento de áreas agora sob sua influência.

    3- Renda diferencial em relação a solos urbanos é a vantagem que um terreno tem sobre outro, o que faz com que seus valores variem. São vários fatores que podem contribuir para a valorização de uma área, como fatores naturais (terra mais fértil), investimentos que foram feitos (infra-estrutura instalada no local) e a atuação do marketing (o que torna condomínios fechados tão desejados).

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  38. 1- O capitalismo se esforça para criar uma paisagem social e física da sua própria imagem, portanto as relações espaciais estão sujeitas a constantes transformações. De fato, as revoluções tecnológicas, a geografia da produção e a necessidade de anular o espaço pelo tempo tornam os limites de uma região estáveis. As cidades são moldadas principalmente pelos empreendedores imobiliários em virtude de decisões locacionais especificas. Caracterizando as desigualdades e heterogeneidade da paisagem urbana.
    2- A cidade nasce da necessidade de se organizar determinado espaço visando um determinado fim, diante de condições históricas especificas que explicam suas diferenciações. A cidade, por ser incompatível com uma economia de subsistência, passa a desenvolver uma economia manufatureira que atrai grande contingente de trabalhadores. Estes ofereceram não só mão-de-obra mas, também formaram um mercado interno.
    Há uma necessidade de centralização da autoridade. Com o desenvolvimento industrial, descobertas cientificas e avanços tecnológicos a cidade cresce e atrai uma grande massa populacional transformando as relações do homem com a natureza e com outros homens. Assim passa a atrair não só poder político, mas também econômico resultando em uma grande acumulação de poder e riqueza.
    3- A renda diferencial assume seu significado em um espaço relativo que é estruturado por diferenciais e em capacidade produtiva, em localizações diferentes. Condições naturais, os investimentos e o interesse por determinado local influenciam decisivamente no perco dos terrenos tornando-se primordiais na distribuição e na configuração do espaço urbano.

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  39. Questão 01

    Os conceitos de espaço e de localização (locus) derivam da prática social de produção e reprodução no contexto da divisão social do trabalho. Toda sociedade precisa de um território para viver; com a divisão social do trabalho esse território é estruturado em espaço. Atividades, isto é, processos de produção e reprodução - que do ponto de vista da organização espacial constituem o uso do solo -, requerem uma localização, e entre essas localizações se estabelece uma interconexão de acordo com a interação entre aquelas atividades. Tal interconexão é o próprio estofo, matéria constituinte do espaço e define como o espaço está estruturado.

    No mundo concreto em que as sociedades vivem, tanto as localizações como as relações entre as mesmas - que constituem o espaço econômico - precisam se materializar, e para tanto, precisam ser produzidas. As localizações, de ‘pontos’, se transformam em extensões finitas, delimitadas, de território, cuja expressão elementar é a forma jurídica de propriedade (ou, anteriormente, direito feudal) - uma porção de terra, uma área construída (fábrica, habitação, escritório etc.) - materializada em uma superestrutura assentada sobre, abaixo ou acima da superfície terrestre. Do mesmo modo, as relações que constituem o espaço econômico são caminhos, estradas, fios, cabos, tubulações, antenas, satélites etc., pelos quais objetos materiais e pessoas podem ser transportados de localização a localização. É estruturas físicas - em seu conjunto uma infra-estrutura - e devem ser construídas para existirem. Somente assim a distância entre duas localizações (em comprimento, em tempo, em custo monetário), a estrutura do espaço e em última análise, o próprio espaço, se materializa. O espaço econômico é um produto do trabalho.

    Questão 02

    A perspectiva de desenvolvimento de uma cidade se da através das funções urbanas principais nela exercida. Uma função industrial, cultural (religiosa, universitária, cidades – museus, etc.), econômicas, administrativas ou políticas.

    Questão 03

    Renda diferencial são os fatores que agregam valores a determinados espaços. Esses fatores podem ser de caráter político (espaços privilegiados por planos diretores), histórico (Centros Históricos), sentimental (proximidades com locais sagrados), Condições naturais (Normalmente locais mais altos ou mais planos são mais valorizados, tanto quanto locar que geram umas bela vista como belvederes), entre outros.

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  40. 1) Na sociedade capitalista a produção do espaço se dá basicamente em torno do sistema de produção de mercadorias. Todo o espaço é planejado, pensado e adaptado primordialmente para suprir as necessidades desse sistema. Em segundo plano se desenvolvem outros serviços para suprir as necessidades da população que faz parte dele, como o comércio e lazer. É facil perceber isso nas cidades que se desenvolveram na época da Primeira Revolução Industrial, quando toda a cidade era formada em torno das fábricas.

    Hoje em dia isso acontece um pouco diferente, graças à revolução tecnológica e digital, que suprimiu as distâncias e o tempo de produção. Hoje são as fábricas que procuram o melhor lugar para se fixar de acordo com seus interesses (subsídios, mão de obra). Isso acontece porque o espaço se adapta também às mudanças históricas e culturais da sociedade, ele não é imutável. O produtor capitalista sempre irá se adaptar de maneira a sempre alcançar o objetivo maior do capitalismo: produzir capital.
    O objetivo final da organização espacial é sempre diminuir o custo da produção e consequentemente aumentar o lucro. O sistema produtivo atualmente é mais disperso, mas isso só é possível graças ao maior "diálogo" entre os espaços.

    2) A cidade é a expressão de uma determinada sociedade. Ela carregará características das necessidades e interesses de seus habitantes, do seu estado natural e localização (clima, relevo, vegetação), além de conter expressão cultural de seus habitantes (forma de organização, materiais de construção, expressões religiosas, etc) e dos períodos históricos em que essa cidade se desenvolveu. Com isso cada cidade terá sua própria característica marcante, podendo ser caracterizada como centro político, comercial, produtivo, religioso, cultural ou científico.

    3) A chamada Renda Diferencial, aplicada ao contexto do solo urbano, é tudo aquilo que determina o valor de um determinado lote. Ou seja, é o que faz o metro quadrado de um determinado terreno valer mais que o metro quadrado de outro. Entre esses fatores podemos citar como principais: a localização, a disponibilidade de serviços, o fácil acesso ao local, a demanda de espaço, infraestrutura (disponibilidade de água, esgoto, energia), a legislação sobre o local, entre outros. Por exemplo, um terreno em uma região central na cidade valerá bem mais que um na periferia, ou um terreno em um bairro de população de alta renda valerá mais que um terreno em um bairro pobre.

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  41. 1) Simples e objetivamente, pensando no conceito de cidade como um aglomerado de fauna e flora urbanas e suas características sociais, culturais e políticas, Harvey demonstra a produção do espaço na sociedade capitalista. Segundo ele, nesse tipo de sociedade, o espaço é produzido e organizado de acordo com o mecanismo da circulação do capital, que visa o lucro produzido pelo excedente de capital e força de trabalho.
    Para pensarmos neste processo desde o início podemos exemplificá-lo pela idéia de Acumulação Original defendida por Marx. Para ele, no início da sociedade capitalista,a expropriação violenta dos meios de produção colocou os excedentes de capital na mão de poucos, enquanto a maioria foi forçada a um trabalho assalariado para sobreviver. A força de trabalho excedente muda do campo para a cidade e concentra riquezas nas mãos de negociantes e usurários. O produto excedente do campo também beneficia a cidade. Neste contexto, já podemos perceber alterações no espaço: as cidades crescem para acolher o aumento da população e as fábricas. Se desenvolve para combater problemas de superpopulação, desemprego, saneamento, etc. Outro grande modificador do espaço que provém do Capitalismo é a luta de classes, que gera as diferenças sociais gritantes que observamos na paisagem geográfica (bairros nobres, bairros industriais e favelas por exemplo.)
    Contudo, as maiores transformações do espaço foram consequências das revoluções tecnológicas necessárias ao Capitalismo (sem as quais ele não sobreviveria). O próprio capital é instável e com todas as revoluções tecnológicas, o espaço também não pode permanecer estável. Um grande exemplo disso foi na invenção do automóvel e a necessidade de vias largas, ou ainda, a construção de fábricas que propiciaram a evolução dos transportes, comuniçações, conexões interindustriais, divisão social do trabalho, migrações, etc.
    Outro argumento forte é que a própria idéia de Estado (Capitalismo) provém da territorialidade (espaço).

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  42. 1-
    Na sociedade capitalista a produção do espaço se configura em privilegiar a classe dominante.
    A concentração de renda em poucas parcelas da população provocou uma concentração espacial. No quadro do capitalismo, a distribuição da população e das atividades econômicas no solo urbano segue a regra básica pela qual quem pode mais, em termos de poder aquisitivo, melhor se localiza na estrutura das cidades, em relação ao emprego, à oferta de serviços urbanos, ao comercio e serviço em geral especialmente os de cultura e lazer.
    Portanto o processo de produção do solo é desigual e decorre do acesso diferenciado da sociedade à propriedade privada e da estratégia de ocupação do espaço urbano.
    2-
    A cidade se originou na necessidade do homem em viver em sociedade, e através do trabalho estabelecer relações de interdependência.
    No desenvolvimento das cidades, o comercio impulsionou este processo, uma vez que a manufatura e a subsistência não eram capazes de suprir as necessidades do grupo.
    A indústria e o modo de produção capitalista implicam a tendência na aglomeração populacional. Assim o desenvolvimento urbano é fruto da dinâmica do desenvolvimento das forças produtivas.

    3-
    A renda diferencial é a oscilação de valores conforme as vantagens de cada lote urbano. A produção do espaço urbano fundamenta-se num processo desigual, logo reflete as contradições do sistema vigente.
    O modo de utilização do solo será determinado pelo valor que em seu movimento redefine.
    As populações mais pobres ocupam áreas mais distantes onde os terrenos são mais baratos, pois há ausência de infra-estrutura e existe a possibilidade da autoconstrução.
    As áreas centrais são bastante valorizadas por concentrarem pólos comerciais e econômicos. E os bairros mais ricos se localizam nas áreas mais desenvolvidas visadas. No caso das grandes cidades ocorre geralmente a deterioração central e os bairros ricos migram para áreas privilegiadas mais afastadas configurando um ‘status’ de moradia, como os condomínios fechados.

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  43. 2) Segundo Ana Fani, a cidade se desenvolve apartir da necessidade de realização de uma determinada ação. É, antes de mais nada, trabalho materializado, que aparece através da relação entre o construído e o não-construído. Sua origem vincula-se a existência de funções urbanas que podem ser industriais, culturais, religiosas, universitárias, comerciais, políticas, entre outras.
    A cidade não nasce do crescimento de uma vila ou sítio. Existem condições históricas específicas para isso. O espaço geográfico é um produto das relações entre a sociedade e a natureza e só se constitui como produto humano na medida em que o homem consegue, atrevés do seu trabalho, transformar a natureza e produzir algo diverso dela.
    A cidade não pode ser analisada como um fenômeno pronto e acabado, suas formas ganham dinamismo, a cidade tem uma história, é uma realização humana que ganha materialização concreta ao longo do processo histórico que ela sofre. Em cada época distinta ela assume formas, características e funções distintas. A cidade só pode ser pensada levando-se em consideração sua organização política, sua estrutura de poder na sociedade, a natureza e repartição das atividades econômicas, as classes sociais. Ela nasce das necessidade de organizar e integrar um espaço para que ele se torne independente para algum fim. É resultado da atividade de várias gerações que vão aperfeiçoando a indústria, o comércio e criando infinitamente novas formas.
    O primeiro passo para sua formação é quando o homem deixa de ser nômade e se fixa no solo como agricultor e o segundo quando começa a dominar técnicas menos rudimentares que lhe permitam algum excedente (as primeiras cidades nasceram onde a agricultura era mais desenvolvida). Quando esse desenvolvimento atinge a divisão social do trabalho, separa a sociedade em classes e a cidade nasce em oposição ao campo. Desenvolve-se a colheita, a armazenagem e a distribuição do excedente decorrentes do avanço tecnológico. A cidade se desenvolve com a passagem da barbárie à civilização, da tribo ao Estado, das localização dispersa à Nação.
    Portanto, sua existência está vinculada à divisão do trabalho, à divisão da sociedade em classes, à acumulação tecnológica, à produção do excedente agrícola, a um sistema de comunicação e a uma certa concentração espacial das atividades não agrícolas.

    3) Quanto às rendas diferenciais, podemos dizer que são um "mecanismo" que faz com que o valor agregado a um espaço seja maior que o valor de outro. Podem ser:
    - Naturais: São as condições que o terreno oferece que não têm ações antrópicas. Como por exemplo o relevo, a qualidade da terra ou a localização.
    - Infra-estruturais ou de Investimentos: São as ações antrópicas feitas no terreno. São bons exemplos: saneamento, redes elétricas ou de comunicação, pavimentação, muros, etc.
    - de Fetiche: É uma estratégia de Marketing. Exemplo: terrenos bem localizados que oferecem lazer, boa infra-estrutura e que normalmente tem alto valor no mercado.

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  44. 1. Segundo Marx, o capitalismo é caracterizado pelo esforço de superar todas as barreiras espaciais, "da anulação do espaço pelo tempo", através de investimentos e de inovações nos sistemas de transporte e comunicação. Dessa forma, o capitalismo é marcado por reduções no custo e no tempo de movimento, além de melhorias na continuidade do fluxo, sendo sempre sujeitas à transformações. Através do aumento da variedade das possíveis substituições em determinado processo produtivo os capitalistas podem se livrar dos limites geográficos específicos. O capital e a força de trabalho devem se unir em algum lugar específico do espaço para ocorrer a produção. A fábrica é um ponto de reunião, enquanto a forma industrial de urbanização pode ser vista como a resposta capitalista específica à necessidade de minimizar o custo e o tempo de movimento sob condições da conexão interindustriais, da divisão social do trabalho e da necessidade de acesso tanto à oferta de mão de obra como aos mercados consumidores finais. O resultado desses processos é o chamado “coerência estruturada”, que abrange as formas e as tecnologias de produção, a quantidade e as qualidades do consumo, os padrões de demanda e oferta de mão de obra, e as infra - estruturas físicas e sociais. O território em que prevalece essa coerência estruturada se define, imprecisamente, como o espaço em que o capital pode circular sem os limites do lucro, com o tempo de rotação socialmente necessário sendo excedido pelo custo e tempo de movimento. Uma definição alternativa seria: o espaço em que prevalece um mercado de trabalho relativamente coerente ( o espaço em que a força de trabalho pode ser substituída numa base diária – com a extensão da substituição definida pelo custo e tempo do movimento de trabalho diário – é um princípio de desagregação espacial muito importante sob o capitalismo). Podemos então concluir que, uma vez que na sociedade capitalista o mais importante é o lucro, é necessário que se tenha uma capacidade tanto do capital como da força de trabalho de se moverem, de forma rápida e sem que haja altos custos, dependendo assim de investimentos em infra-estruturas físicas me sociais, seguras e inalteráveis. A capacidade de dominar o espaço implica da produção de espaço. Essas infra-estruturas necessitam de capital e força de trabalho na sua produção e manutenção. É aí que chegamos a um paradoxo, pois parte da totalidade do capital e da força de trabalho tem de ser imobilizada e congelada no espaço, proporcionando maior liberdade de movimento ao capital e à força de trabalhos remanescentes, mas, a viabilidade do capital e do trabalho comprometidos com a produção e manutenção dessas infra-estruturas apenas são asseguradas se o capital remanescente circular por vias espaciais e num período de tempo compatíveis com o padrão geográfico e a duração de tais compromissos. Caso essa condição não seja satisfeita (por exemplo, sem circulação), o capital e o trabalho serão desvalorizados, o que leva a uma desvalorização da região. O homem vem então modificando o espaço de acordo com as suas necessidades, visando sempre melhorias na qualidade de vida, e maior lucro.

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  45. 2. As cidades podem surgir por diferentes motivos, elas podem ser industriais, culturais ou ainda estarem ligadas à atividades comerciais, administrativas ou políticas. As cidades vão se desenvolvendo ao longo da história, de acordo com as suas necessidades, assumindo assim, diversas formas e conteúdos. Elas surgem da necessidade de se organizar certo espaço, com a finalidade de integrá-lo e aumentar sua independência visando determinado fim, ou seja, a sobrevivência de um grupo no lugar, e o rompimento do isolamento das áreas sob sua influência. Há uma crescente migração do campo para a cidade, maior crescimento no desenvolvimento de tecnologias, e o surgimento da divisão social do trabalho, em que cada indivíduo passa a se especializar em um determinado fim (o que também gera uma maior interdependência).
    3. As rendas diferenciais no solo urbano ocorrem quando uma área é mais valorizada do que a outra devido a alguns fatores, como: melhor localização (quanto mais dinheiro localizado em uma região, melhor sua localização), melhores infra-estruturas (áreas em que há saneamento básico, disponibilidade de mão de obra, lazer, acesso a escolas, parques, clubes, etc.) Além do fetiche imobiliário que existe, em que propagandas estimulam o desejo por uma determinada área, valorizando o terreno/imóvel que ali se encontra.

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  46. 1-
    Diariamente, o mundo capitalista nos impõe à um ritmo frenético de informações e conceitos. Esse ritmo, que hoje tomamos como as rédeas do nosso estilo de vida, tem modificado também o meio em que vivemos.
    O espaço na sociedade capitalista está adaptado (e adaptando-se sempre) às condições e necessidades do sistema econômico vigente. Isso significa dizer que é conveniente ter um bom sistema e vias de transporte para se comercializar determinados produtos. Então assim deve ser feito: barreira espacial precisa ser superada e o investimento nos sistemas de transporte e comunicação deve anular o espaço pelo tempo.
    Outro fator importante para a construção do espaço são os meios oferecidos nessa nova era tecnológica. Hoje, sabemos que a indústria não se concentra somente próximas aos locais ricos em matéria-prima, fontes de energia e mão-de-obra. Esse parâmetro chega a abolir até as localidades próximas do mercado consumidor, uma vez que o mesmo tenha acesso ao determinado produto em simples “clicks”.
    É claro que quanto mais aperfeiçoados são os meios tecnológicos oferecidos, maior o custo de investimento um produtor deve disponibilizar em seu empreendimento. Se há uma empresa que não oferece condições para substituir sua mão-de-obra trabalhadora por trabalho robótico (ou é mesmo inviável), ela procurará o local onde a força de trabalho seja abundante, e portanto, barata.


    2-
    Desde a Antiguidade as cidades estão em uma mudança contínua. Isso deve-se ao fato da mesma ser “algo essencialmente não-definitivo”. Isto é, a cidade é produto humano, ela responde as necessidades do homem em diversas épocas do processo histórico, então ela toma formas, estruturas e dinamismo de acordo com sua época e população.
    O desenvolvimento da cidade, há muito tempo, parou de ser de algo limitado pelas leis naturais estabelecidas pela mesma. Com o desenvolvimento da tecnologia, as barreiras que impediam esse processo foram minimizando- se cada vez mais. A organização política da cidade também é essencial para o desenvolvimento da mesma, uma vez que são essas estruturas de poder da sociedade que devem fazer a comunicação entre população e o ambiente habitado.
    A definição de cidade pode ser um objeto de estudo complexo, pois além de estar em constante mutação, ela busca os diferentes anseios de diversas culturas, costumes, necessidades e vontades dentro de um próprio país. No entanto, sabemos que nem toda população é atendida, pois aqueles que possuem menor poder aquisitivo sempre serão menos favorecidos e dificilmente terão suas problemáticas ouvidas pelo governo. Portanto, a cidade não é desenhada para todos, mas uma população delimitada que exerce influência econômica e política sobre esse meio, e é nesses parâmetros que ela se desenvolve.

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  47. 3-
    O conceito de renda diferencial entre dois terrenos está voltado à duas condições oferecidas por eles:
    *A primeira questão (ligada diretamente ao meio rural) relaciona-se com as condições naturais de um determinado solo (fertilidade do terreno, condições climáticas, geográficas, etc).
    *A segunda questão atem-se aos meios espaciais e sociais (isto é, se o terreno oferece uma infra-estrutura suficiente, localização próxima às escolas, hospitais, mercados, etc).
    Quanto mais aperfeiçoados estão esses parâmetros, maior o custo do solo.
    Sem dúvida, não tem como desvencilharmos uma análise da outra, independente do meio (rural ou urbano), uma vez que a junção das duas promove a condição que um terreno de ocupação deveria ter.

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  48. 01 - A produção do espaço na sociedade capitalista ocorre a partir da necessidade de transpor esse mesmo espaço. Essa necessidade de transpor o espaço (e conseqüentemente a necessidade de criação de espaço) é gerada dentro da própria “espiral”(termo de Harvey) do capitalismo e do desenvolvimento contido dentro dele que se alimenta de si mesmo; explicarei melhor essa conclusão. Por exemplo, para uma indústria situada na região nordeste do Brasil criar uma filial na região sul, ela precisa dispor de toda uma infra-estrutura, não só viária, para que, por exemplo, possam ser transportados insumos e matérias primas de uma unidade para outra; essa indústria também necessitará de uma rede de comunicação viável e segura (que necessita estar estabelecida em um espaço físico seguro e apropriado e também de espaço para toda a sua rede de fios e fibra ótica, por exemplo), irá precisar também de uma malha aeroviária viável, que possa ligar essas duas unidades de forma mais rápida possível (o que requer não apenas o espaço físico do aeroporto para comportar as aeronaves, mas também o espaço físico ocupado por cada indústria proprietária dessas aeronaves, juntamente com o espaço ocupado pelas indústrias que constroem essas aeronaves, etc.), irá precisar de vias que liguem essa nova unidade a indústrias fornecedoras de matéria, e manutenção, por exemplo, de forma que o tempo gasto em todos esses processos seja o menor possível (sem que esse fator assuma papel principal). Toda essa teia gerada apenas com foco na ligação entre as duas unidades necessita ainda de um fator importantíssimo, a mão de obra. Para que essa nova unidade seja criada a matriz irá se preocupar com a infra-estrutura social já disponível nessa região, pois sem essa, a nova unidade pode sofrer com a escassez de mão de obra. Mais uma vez para que haja tal infra-estrutura, o governo local necessita de espaço para criação da mesma, espaço físico (e social). Sendo assim fica fácil entender o raciocínio de David Harvey: “A capacidade tanto do capital de se moverem, rapidamente e a baixo custo, de lugar para lugar, depende da criação de infra-estruturas físicas e sociais fixas, seguras e em grande medida inalteráveis. A capacidade de dominar o espaço implica na produção de espaço.” – cap. V, A Geopolítica Do Capitalismo.

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  49. 02 – A cidade se desenvolve de acordo com a produção do homem, o espaço geográfico só se constitui enquanto produto humano. A cidade nasce da necessidade de se organizar um dado espaço no sentido de integrá-lo e aumentar sua independência visando determinado fim, e se desenvolve à medida que esse desenvolvimento começa a alimentar-se de si próprio. Uma cidade com infra-estrutura planejada para 100.000 habitantes, que se desenvolve a níveis satisfatórios (de acordo com padrões e condições de o que seria um desenvolvimento saudável para o capitalismo), em poucos anos já não será a mesma cidade que era quando foi criada, pois o desenvolvimento e a (re)produção do homem implica a adequação do espaço urbano às suas necessidades. Sendo assim o desenvolvimento da cidade é produto do desenvolvimento humano.

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  50. 03 - Renda diferencial é toda potencialidade a mais que um produto ou produtor tem em relação a outro mesmo produto ou produtor, essa potencialidade pode ser obtida através de meios naturais, como por exemplo, a fertilidade de determinadas terras em relação a outras, o que pode determinar grandes diferenças de ganhos entre produtos semelhantes. A renda diferencial pode também ser obtida através de investimentos, como por exemplo, se um produtor não possui terras tão férteis, com investimentos em fertilizantes ele consegue obter ganhos próximos ao produtor que possui uma terra muito fértil por natureza. A renda diferencial pode ainda ser obtida através de “fetiches”, como é o caso do desenfreado consumismo eletrônico em que vivemos, posso citar como exemplo a constante busca por computadores mais rápidos, geralmente nem usamos todo o potencial que esses aparelhos podem oferecer, mas mesmo assim queremos sempre ter o melhor, às vezes só mesmo para mostrar para outras pessoas essa aquisição; empresas cientes disso investem pesado em marketing, criando um produto que muita das vezes excede o potencial que realmente necessitamos, mas por ser legal a imagem que esse produto transmite nos submetemos à adquiri-lo. Na cidade isso também ocorre. No espaço urbano é possível encontrar rendas diferenciais do tipo naturais, como por exemplo, a valorização de determinados espaços devido sua proximidade a áreas arborizadas; rendas diferenciais obtidas através de investimentos, como é o caso dos condomínios que investem pesado em infra-estrutura e que mesmo por se situarem mais afastados dos centros urbanos (na grande maioria das vezes), conseguem com esses investimentos, obter grande valor agregado aos espaços que oferecem; na cidade também é possível encontrar rendas diferenciais obtidas através da “exploração de fetiches”, como é o caso da grande maioria dos condomínios que oferecem amplos espaços coletivos, áreas de lazer, áreas para prática de esportes, mas o principal, no caso a moradia, é deixada em segundo plano, esses condomínios fazem isso investindo em marketing, geralmente mostrando o “retrato da família feliz”, sempre encobrindo os verdadeiros atributos da moradia. Na cidade é possível ainda encontrar rendas diferenciais impostas pelo planejamento urbanístico da cidade, como é o caso da valorização de determinados terrenos várias vezes em relação a outros, às vezes bem próximos, apenas pela possibilidade de se “construir mais” (esse tipo de renda diferencial pode ser observada pelo mau desenvolvimento do Plano Diretor de determinada cidade, por exemplo).

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  51. 1.A produção do espaço na sociedade capitalista se dá por desenvolvimento e desvalorização do capital por meio de transformações histórico-geográficas. Os surgimentos das primeiras cidades nascem da necessidade de se organizar em um dado espaço no sentido de integrá-lo e aumentar sua independência visando determinado fim. Isto é, a sobrevivência do grupo no lugar, e o rompimento do isolamento das áreas sob sua influencia. Na criação das cidades, e já com a divisão de trabalhos, gerava a circulação do capital entre as pessoas. O que sustenta a circulação do capital são as criações das infra-estruturas sociais e físicas. A fabrica é um ponto de reunião, enquanto a forma industrial de urbanização pode ser vista como a resposta capitalista especifica à necessidade de minimizar o custo e o tempo de movimentos sob condições da conexão interindustrias,da divisão social do trabalho e da necessidade de acesso tanto à oferta de mão-de-obra como aos mercados dos consumidores finais. Os capitalistas individuais, em virtude de suas decisões localizacionais especificas, moldam a geografia da produção de configurações espaciais distintas. Sendo que, antigamente, as fabricas se localizavam no mesmo local onde tinham mão-de-obra mais abundante, mais barata, tendo mais matéria prima disponível e onde as pessoas tinham melhor acesso, já hoje em dia, com a facilidade de transporte e comunicação, os donos das empresas moram em um lugar, tem fábricas onde tem matéria prima e mão-de-obra abundante e mais barata e tem lojas em localidades mais acessíveis e mercado consumidor. Criando a idéia de cidades grandes e pequenas, periferia e centro, países de 1º, 2º ou 3º mundo, com uma sociedade heterogênea.
    2. A cidade se desenvolve para suprir necessidades humanas e da produção dos meios de vida, dando valor ao solo urbano, gerando uma segregação espacial fruto da diferenciação de classes e reproduzindo-se como produto e condição geral do processo produtivo. No momento em que o Homem deixa de ser nômade e passa a se fixar no solo e a praticar a agricultura, ele está dando o primeiro passo para a formação das cidades. A divisão e a organização do trabalho são muito importantes para o surgimento das cidades. O modo de ocupação de determinado lugar da cidade se dá a partir da necessidade de realização de determinada ação, seja de produzir, consumir, habitar ou viver. A cidade é trabalho objetivado, materializado, que aparece através da relação entre o “construído” e o “não construído”.A cidade vai se produzindo ao longo do tempo e como a mancha urbana evolui e engloba terras rurais, ocupando os, adensando-se, verticalizando-se e se transformam com o passar do tempo de acordo com as necessidades do humano inserido no contexto geopolítico de cada época. A existência da cidade é vinculada a pelo menos seis elementos: divisão do trabalho;divisão da sociedade em classes; acumulação tecnológica;produção de excedente agrícola decorrente a evolução tecnologica;um sistema de comunicação;e uma certa concentração espacial de atividades não agrícolas.

    3.As rendas diferencias, se dão devido a localização, infra-estrutura, condições naturais do terreno, condições de mão-de-obra, acessibilidade, vizinhança e legislação. Nas cidades, ha diferenciação de preços de terrenos. Os bairros como o centro (onde se localiza na maioria os comércios) e os bairros nobres (onde se localiza os condomínios fechados) são os solos mais caros, porque quanto mais dinheiro materializado no lugar, mais a terra é valorizada. A Renda Diferencial, aplicada ao contexto do solo urbano, é o que determina o valor de um determinado lote , é a vantagem que um terreno tem sobre outro, o que faz com que seus valores variem. Quanto mais o solo for fértil, ou mais dinheiro investido na região, maior é a diferenciação de preços.

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  52. 1-O sistema capitalista se baseia na acumulação de capital, que consiste em toda forma de riqueza que possa ser utilizada para atrair ou gerar mais riqueza, consequentemente produzindo lucro. A circulação de capital revela muitos aspectos interessantes, que podem servir também para a compreensão da organização espacial na sociedade capitalista, são eles:
    A continuidade da circulação do capital se baseia na expansão ininterrupta do valor das mercadorias produzidas, ou seja o crescimento é bom indepente do que ira afetar ou prejudicar; Na produção, o crescimento se realiza por meio da utilização de trabalho vivo;
    O lucro se origina da exploração do trabalho vivo; A circulação de capital se baseia na relação entre classes; A relação de classe significa oposição, antagonismo e luta. Quanto é preciso pagar para obter os direitos relativos à força de trabalho X lutas sobre o indice salarial e sobre as condições de trabalho; O modo capitalista de produção é tecnologicamente dinâmico;
    A mudança tecnológica e organizacional requer investimento de capital e força de trabalho;
    A circulação do capital é instável; A crise se manifesta como condição em que os excedentes tanto de capital como de trabalho, que o capitalismo precisa para sobreviver não podem mais ser absorvidos; Os excedentes que não podem ser absorvidos são desvalorizados .
    A partir desses aspectos e da necessidade de acumulação de capital veio a necessidade de unir mão - de - obra, matéria prima de qualidade e barata, força de trabalho e consumidores do produto, minimizando custos. Era bom para o crescimento produzir mais,para que se consumisse mais, assim aumentando ainda mais o lucro. Para alcançar esses objetivos viu-se a necessidade de se criar um espaço específico que caracterizou o modo de produção capitalista,que exigiu uma configuração espacial fixa e imóvel que possibilitou a união das atividades descritas acima.
    Influem também na mudança ou fixação desses espaços geográficos a tecnologia que permite descoberta e exploração de novas áreas. Mas este espaços muitas vezes são fixado sem preocupações com consequências ambientais ou humana, viza somente o lucro.
    A produção desse espaço na sociedade capitalista configurou transformações hitórico- geográficas e estruturou um modelo para as cidades de economia capitalista.

    2-A cidade se inicia com o domínio ou com a fixação do homem e a necessidade de produzir (transformações de produtos primários), consumir, habitar ou viver. Ela é formada pelas relações que estabelecem no território e a sua alma está ligada a sua produção – economia.
    A evolução das cidades se caracterizam de acordo com suas funções, que podem ser : economicas, culturais, políticas, sociais, tecnológicas, industriais e administrativas.
    Em cada fase da história é caracterizada e diferenciada por alguma função, pela forma e principalmente pelo poder que é regida.
    A sociedade transforma as paisagens de acordo com sua necessidade, ditadas muitas vezes pela produção, ou então eram caracterizadas pelas crenças e culturas. Os prédios e monumentos (arquitetura) retratam claramente isso.
    Cada Arquitetura revela sua época e economia, exemplos das mudanças arquitetônicas: Pirâmedes, Anfiteatros, Circos, Castelos, Igrejas, Mosteiros, Palácios, Indústrias, Praças, Shoppings, etc.
    A partir do monento histórico em que se percebe desenvolvimento há uma diferenciação de classes sociais, que influem na administração e na função das cidades e na posse de bens e riquezas. E há também uma divisão do trabalho, campo e cidade.
    O crescimento econômico,produtivo, comercial e o aumento populacional nas cidades provocam seu desenvolvimento urbano que está vinculado à instalação e crescimento direto ou indireto da atividade industrial e das atividades que a indústria cria.
    A tecnologia possibilita uma grande melhora urbana nas vias, no saneamento, salubridade, melhores técnicas construtivas, etc.
    Mudam – se os valores, crenças e culturas são praticamente esquecidas, a economia, a produção e a indústria são funções mais fortes.

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  53. 3-O solo urbano como também o rural tem características, que ou os valorizam ou os desvalorizam.
    A renda diferencial urbana é caracterizada pela sua localização do terreno, infra-estrutura, condições naturais que cada terreno possui, condições de mão –de –obra, acessibilidade, vizinhança e legislação. De acordo com suas vantagens ou desvantagens o valor do solo é estabelecido.
    Essa renda caracteriza cada espaço na cidade, determinando áreas ricas ou pobres, consequentemente lugares ou bairros mais caros ou mais baratos, áreas residenciais, áreas comerciais. Isso influe na forma e espacialização de cada lugar.
    Essa renda também pode ter divisões:
    R 1- determinada por condicionates “naturais” , que é definido pelo mercado.
    R 2- investimentos (pavimentação, saneamento, água, esgoto,energia)
    R 3- fetiche (desejo de consumo, no caso desejar específico lugar, está diretamente ligado, dependente do R2).

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  54. 01-A produção do espaço se dá pelo uso do solo para gerar lucro, desse modo, a vida cotidiana (as cidades) surge junto com o capitalismo, tendo como base regente a circulação de capital financeiro, o qual visa à produção de lucro. Para isso são realizadas as transformações necessárias para adaptar o sistema de modo que sempre esteja positivo (dando lucro).
    A utilização do espaço é muito importante para regular esse sistema, como no caso das multinacionais, que usam das telecomunicações, infra-estruturas e meios de transporte para alentar seu lucro e controlar o mercado de diferentes áreas, superando, assim, o espaço geográfico.

    02-A cidade se desenvolve a partir do momento que o homem fixa-se no solo em virtude da agricultura e deixa de ser nômade, para isso foi desenvolvido técnicas para cultivo da terra que geraram excedentes de produção, os quais possibilitaram uma divisão social do trabalho e uma sociedade em classes, com isso, a sociedade dividiu-se em campo e cidade.
    As cidades ganham maior relevância a medida que a manufatora se desenvolve e atrai grande parte dos moradores do campo que buscam por emprego, o comercio começa a se impor e a organizar um espaço compatível com seus valores e modo de vida.

    03- A renda diferencial é a relação que determina um maior ou menor valor agregado ao produto. Para o solo urbano podemos destacar a localização, a infra-estrutura existente, as condições naturais do solo (podendo diminuir custos de construção), a vizinhança, legislações (que podem contribuir mais para os interesses do proprietário), acessibilidade a áreas consideradas bem localizadas. Além disso, a renda diferencial no solo urbano explica-se pelo investimento que é feito no local, de modo que possa gerar lucros futuros, os quais são obtidos por meio do fetiche que é criado no local.

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  55. 1. A produção do espaço na sociedade capitalista é caracterizada por um esforço permanente na superação de barreiras espaciais buscando a viabilização do processo de reprodução do capital, fazendo da cidade uma materialização das condições para o processo de produção na sua totalidade. O capitalismo visa mais lucro em menos tempo e o espaço é adaptado para suprir essa necessidade, ao se gastar menos tempo na fabricação de um produto, mais produtos serão produzidos e maior será o lucro. A cidade se modifica de acordo com as necessidades da circulação de capital.

    2. A idéia de cidade teve origem no momento em que o homem deixou de ser nômade e se fixou no solo como agricultor. A partir disso, surge uma divisão do trabalho e uma conseqüente divisão de classes, gerando uma organização social característica de uma cidade. As inovações tecnológicas que surgiram ao longo do tempo modificaram as cidades, tornando-as mais complexas, mais dinâmicas até atingirem a complexidade atual, que com certeza não será a mesma daqui a dez anos. As cidades estão em pleno desenvolvimento, se adaptando às novas tecnologias e às necessidades do homem moderno.

    3. As rendas diferencias no solo urbano surgiram a partir da construção da noção de espaço-produto que determina diferentes valores aos espaços da cidade. Essa diferenciação do espaço é diretamente relacionada com o desenvolvimento das forças produtivas e destinada aos diferentes segmentos da sociedade. Assim, as classes de maior renda ocupam os melhores espaços e para a parcela de menor poder aquisitivo da sociedade restam as áreas deterioradas e abandonadas pelas anteriores ou ainda a periferia, onde os terrenos são mais baratos devido a falta de infra-estrutura, pouca acessibilidade. E para os que não tem essa possibilidade, restam as favelas, onde não vigoram direitos de propriedade.

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  56. 1) Analisando a forma que se dá a produção na sociedade capitalista na visão de Harvey, pode-se dizer que quanto mais rápido e mais barato for o transporte do capital e da força de trabalho de um lugar para outro, maior será seu desenvolvimento, pois esse movimento depende da criação de infra-estruturas físicas e sociais fixas, seguras e inalteráveis. Ou seja, a medida que se produz o espaço, domina-o. No entanto, devido a própria mobilidade geográfica há a acelerada mudança tecnológica e a luta entre classes, que tende a acumulação de riquezas e solapamento das infra-estruturas imobilizadas. Cria-se para depois solapar, despedaçar e destruir a paisagem que dará lugar a outra mais propícia ao momento. Enfim, as contradições internas do capitalismo se expressam mediante a formação e reformação incessantes das paisagens geográficas.
    2) De acordo com o pensamento de Fani, as cidades se desenvolvem e ganham dinamismo ao longo da história. A cidade é o produto da divisão, do tipo e dos objetos de trabalho, bem como o poder nela centralizado. Por isso, cada espaço social terá as suas peculiaridades e mudanças por lidar com as situações de forma diferente. Assim, o rearranjo espacial das relações comerciais e de interdependência causa a quebra do isolamento e o surgimento de uma nova divisão social do trabalho.
    3) Renda diferencial é a potencialidade ou lucro que um produto ou produtor irá ter sobre outro. Na sociedade, os produtos mais caros acabam definindo a média do mercado. Por isso é perceptível a diferença de valores de determinados terrenos dispostos pela cidade. E existem diversos fatores que valorizam ou desvalorizam a terra. Dentre eles pode-se destacar a localização, infra-estrutura, condições naturais do terreno, acessibilidade, vizinhança, entre outros. Além disso, existem três tipos de renda diferencial urbana: a que diz respeito a condicionantes "naturais", como relevo; existe também a de investimento, como a Avenida Luis Carlos Benine; e por fim a de fetiche, que se relaciona ao consumo do lugar.

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  57. 1. Professor, estou com dificuldades em elaborar a primeira pergunta

    2. A cidade é um produto social, que nasce da necessidade de se organizar num dado espaço no sentido de integrá-lo e aumentar sua independência visando determinado fim. A origem da cidade se associa as funções urbanas (industrial, cultural, comercial, política). A cidade se desenvolve a partir da divisão do trabalho que irá determinar uma separação espacial entre as atividades dos homens. Desta maneira o homem deixa de se desenvolver individualmente e com muitas limitações, para passar a se desenvolver em um grupo. O desenvolvimento da cidade se dá, também, pelas relações comerciais e industriais e pela constante luta de classes. Um fazer ininterrupto, intenso, à medida que a sociedade se modifica, ela se transforma.

    3. No solo urbano a renda diferencial se aplica aos terrenos.Essa vantagem pode ser de três tipos, resultando no valor da área:
    - Condicionante “Natural“: determinado pelas características como fertilidade do solo, localização, legislação aplicada na área, disponibilidade de mão-de-obra ou facilidade de acesso da região.
    - Investimentos: a quantidade de capital aplicado no solo como a infra-estrutura, acessibilidade ou bem material existente no terreno.
    - Fetiche: representa o interesse do consumo do lugar seja pela beleza do local, acessibilidade, status, como por exemplo um apartamento em frente a torre Eiffel.

    Procurei ser o mais sucinta possível ;)

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  58. 1- A sociedade capitalista é voltada para a produção industrial e para o mercado visando os consumidores e o lucro. Dessa forma os espaços foram moldados de forma a auxiliar melhor o homem. O espaço, que inicialmente era um incovenientea ser dominadopelo esforço constante do capitalismo de quebrar barreiras e anular o espaço pelo tempo, tornou-se a contradição que possibilita o crescimento do capitalismo. Pois era necessário produzir um espaço fixo e imovel onde se localizaria o núcleo de uma industria, por exemplo, ao mesmo tempo que era necessário expandi-la para outros espaços que possibilitassem a diminuição do custo de produção atravéz da proximidade de matéria prima, mão-de-obra e do mercado consumidor.

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  59. 2- O inicio das cidades se deu quando o homem deixa de ser nômade e passa a fixar-se no solo e desenvolver técnicas agrícolas e construtivas não utilizadas anteriormente.
    A divisão de trabalho e, consequêntemente, a divisão do homem em classes sociais separou as pessoas entre campo e cidade, assim, a cidade passa a assumir as características do grupo de atividades que nela reside. O desenvolvimento técnico e o acúmulo de inovações tecnológicas permite a evolução constante das cidades.

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  60. 3-
    As rendas diferenciais dos solos urbanos está vinculada diretamente as características de cada solo:
    *Primeiramente vinculada ao meio rural, relacionado com as condições naturais do solo (fertilidade do terreno, condições climáticas, etc).
    *Segundo é com relação aos meios espaciais e sociais (infra-estrutura do solo e em seu entorno, localização privilegiada perto de escolas, hospitais, mercados, etc).
    *Por fim temos o valor pelo fetiche, o solo ganha um valor pela necessidade ou desejo do consumidor de compra-lo (seja por motivos pessoais, pela beleza do lugar, pelo valor histórico, etc.) não levando tanto em consideração as outras caracteristicas(naturais e deinvestimento em infra-estrutura).
    Quanto mais e melhores caracteristicas esse solo possuir, maior será seu valor.
    A análize das caracteristicas deve ser conjunta, não sendo possivel desvincula-las. O valor do solo será determinado atravéz do conjuto de todas as qualidades e defeitos do lugar.

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